terça-feira, 19 de março de 2013



Passados 03 meses desse ano que se arrasta e sem muita solução, ainda mais não havendo notícias do edital até então, os cursinhos começam a se preparar para a prova de 2014. As turmas regulares estão com matrículas abertas!

- Curso Atlas: a segunda turma de revisão já começou (se não me engano), mas o cursinho oferece várias modalidades de preparo. Já tendo inciado as atividades em janeiro, muitas turmas já estão com as aulas avançadas! Porém, a turma regular tem previsão para início após a segunda fase da prova deste ano. Lembrando que o Atlas disponibiliza o áudio das aulas online para o país todo, portanto, é uma boa alternativa para quem é de fora do eixo BSB- SP - RJ (aonde se encontra a maioria dos cursinhos). 

Curso Clio: já tendo iniciado a segunda turma de revisão, a regular para o TPS de 2014 começa dia 13 de abril. O Clio tem modalidade on-line, mas pelo que dizem não é das melhores...são vídeos curtos indicando bibliografia, algo que eu creio, sinceramente, não valer o investimento salgado. Entretanto, o presencial é minha opção para o CACD!

Curso Sapientia: o Sapientia tem sede em SP, mas, se não me engano,é opção online com a transmissão das aulas do TPS. O preço é acessível, 2.760,00 reais. Pelo que consta no site o enfoque é na resolução de questões, mas o curso tem 120h/aula. Previsão de início para 25 de março.

O Diplomata: com sede em Brasília, o curso é presencial. O intensivo teve início em 18 de março, e os extensivos (para 2014) tem previsão para abril. No site não há maiores informações de valores, pois está sendo reformulado.

Há outros cursinhos, que eu não tenho tanta informação, mas tentarei pesquisar e colocar as informações aqui posteriormente.



que acabou de passar,mas eu fiquei perdidaaa... não estive tão empolgada para escrever quanto na anterior,então acabou passando...e também não sei bem as notícias internacionais (acompanho jornais brasileiros mas só falam daqui!).

- Papa eleito: link 1link 2link 3
- Resgate ao Chipre: link 1link 2
- Violência sexual na Índia: link 1link 2link 3
- Novo Primeiro Ministro da China: link 1link 2link 3


segunda-feira, 11 de março de 2013


sábado, 9 de março de 2013

Estava pensando em cada sábado fazer uma retrospectiva dos principais fatos da semana, só indicando os assuntos e links com matérias sobre eles... talvez eu aprofunde e estude as matérias, colocando alguns comentários, no futuro...

            

- A morte de Hugo Chávez (dia 05.03) : link 1link 2link 3
- Eleição do Papa: link 1link 2link 3
- Eleições no Quênia: link 1link 2link 3
- Dia da Mulher: link 1link 2link 3
- Sanções à Coreia do Norte: link 1link 2link 3.

Boa leitura! :)

sexta-feira, 8 de março de 2013

Ao criar esse blog, que -creio já haver dito- tem inspiração em dois que sou muito fã - o "Jovem Diplomata" e o "Aspirante a Diplomata" - pensei em escrever textos curtos sobre matérias que possam interessar para o conhecimento para a carreira, e também para a prova. Além de ser uma forma para eu desenvolver a escrita, fazer buscas e me informar, também creio que poderei despertar nos eventuais leitores a associação de assuntos além do que é corriqueiramente abordado. 

A forma escolhida, obviamente, será de pequenos (talvez nem tanto) textos, sintetizando e ligando assuntos, e com links interessantes para quem quiser se aprofundar nas matérias abordadas. Obviamente não será nada comparado sequer a um resumo acadêmico, pois para isso é necessário maior aprofundamento e pesquisa - mas quem sabe também originará outras produções.

Para iniciar, então, abordarei a temática do dia 08 de março, dia internacional da mulher, data esta oficializada em 1975 por um decreto da ONU. Na realidade, a história sobre a data e mobilização para as comemorações e memórias do dia são bem mais antigas, e remetem a diversas fontes,além de haver várias discussões e algumas divergências. Tudo isso, entretanto, não será relatado neste texto, tendo em vista que para fazê-lo satisfatoriamente seria necessário um artigo apropriadamente escrito e focalizado. Porém, para quem quiser mais informações, aconselho a ler esses sites: história vivacarta maior e o dia internacional da mulher pela ONU.

O que me veio a cabeça relacionando as comemorações - não comerciais - da data, e que de certa maneira pipocam entre uma notícia de celebridade e outra, foi relacionar as políticas públicas para as mulheres e os oito objetivos do milênio. Fazendo um parênteses, me considero uma feminista (apesar do pouco estudo na área, o qual pretendo aprofundar), a qual está buscando cada vez mais se engajar nessa luta, e que pensa que essa poderá fazer parte do seu trabalho como futura diplomata :).


Mas por que os oito objetivos do milênio? Não seria fazer um reducionismo? Creio que não. De certa forma, vejo que as políticas efetivas nessa área começaram a surgir depois que essa "meta" foi lançada. Para quem nunca fez um trabalho de escola sobre isso, que nem eu (não fiz), e sabe pouco, fica aí um excerto do site do PNUD:

"Declaração do Milênio: Em setembro de 2000, 189 nações firmaram um compromisso para combater a extrema pobreza e outros males da sociedade. Esta promessa acabou se concretizando nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que deverão ser alcançados até 2015. Em setembro de 2010, o mundo renovou o compromisso para acelerar o progresso em direção ao cumprimento desses objetivos."

Eu acompanho algumas notícias sobre eles já faz um tempo. Sei que pouca gente se importa e também mal se fala sobre isso nas notícias. Mas o governo está a toda hora lançando dados, atualizando sites e informando sobre o que faz para cumprir essas metas. E, no que se refere a políticas públicas para as mulheres, o 3° objetivo busca: "igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres" e o 5°, que indiretamente e diretamente atinge as mulheres " melhorar a saúde materna".

Tendo em vista isso, vale lembrar que, em 2006, o Brasil promulgou a lei 11.340 - conhecida "Maria da Penha". Essa lei foi resultado de uma condenação do Brasil na CIDH e do Comitê para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, da ONU, e a Convenção Interamericana para Previnir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. Em 2003, uma Lei que alterou a organização da Presidência da República e Ministérios instituiu a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (Lei 10.683, posteriormente alterada pela 12.314 de 2010). Verifica-se, portanto, que políticas públicas efetivamente voltadas às mulheres só surgiram após a Declaração do Milênio.

A Lei Maria da Penha fez o Brasil - na minha opinião - identificar esse grande problema de forma pública, mostrar as mulheres que são vítimas de violência que essa realmente ocorre, não deve ser normalizada, deve ser denunciada. E mostrou que o problema é muito mais comum e próximo a todas nós. Para se ter uma ideia, de 2006 a 2012, as denúncias subiram 600%, de 12.664 relatos para 88.685. Atualmente, o país possui uma linha especialmente para esse tipo de denúncia - o Ligue 180 - 93 varas, 29 promotorias e 59 defensorias públicas especializadas. O que infelizmente é muito pouco, se nos dermos conta que possuímos cerca de 190 milhões de habitantes (cerca de 51,4% de mulheres), 5.570 cidades,  26 Estados (+ 1 DF). Mas é algo perto do vazio que existia há apenas seis anos. Para saber mais sobre a Maria da Penha, veja aqui BBCaqui PNUD, e o caso na CIDH.

Outras políticas, como o Bolsa Família, tem servido como um forte instrumento para atingir esses objetivos. A maioria dos detentores do cartão do Bolsa - ou seja, quem efetivamente recebe e fica com eles - são mulheres (se não me engano uns 70%, não achei agora, mas a Dilma vira e mexe diz o número nos seus discursos). O Bolsa serve como maneira de transferir renda, mas os estudos apontam seus resultados muito além disso. Ele estimula o consumo de itens de vestuário (um resumo de estudo sobre isso aqui), estimula a independência das mulheres (leia sobre isso aqui), o empreendedorismo feminino (leia mais aqui)... Agora, o governo o utiliza com escopo além da transferência de renda; ele também é utilizado para reforçar a saúde da gestante (lembrando, o 5° ODM, para ler mais veja aqui), por exemplo. 

Com relação ao 5° ODM, foi criado, ainda, a "Rede Cegonha", que tem diminuído 80% da mortalidade materna. Ela funciona pelo SUS, e busca para as "mulheres, o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério" e para as "crianças, o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis". Foi criada em 2011 e busca atingir a cobertura total até aprox. 2014. Veja mais neste site e neste.

Quanto à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, ela deve assessorar a Presidenta na formulação, coordenação e articulação de políticas para as mulheres; elaborar e implementar campanhas educativas, planejamentos de gênero e executar programas de cooperação, bem como acompanhar as leis sobre o assunto e a sua implementação. É esturturada em Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Gabinete, Secretaria Executiva e até três Secretarias. A atual Ministra, Eleonora Menicucci, é professora e feminista. No site da secretaria há boletins com informações sobre a atuação da secretaria, bem como o andamento das políticas públicas para as mulheres no país, como o Bolsa-Família, reuniões, congressos e outros eventos. Para saber mais é só acessar o site.

Também há outras campanhas do governo para as mulheres em grupos específicos, como em aldeias indígenas, trabalhadoras rurais, artesãs. Vale citar que muitos programas são desenvolvidos por governos estaduais e municipais,e assim, existe uma variação de cada região, também de acordo com (geralmente) a economia do local.

Então, vemos que há um real engajamento do governo brasileiro no que concerne às políticas públicas para proteção da mulher e promoção da igualdade de gênero. Também vemos que há um crescimento em sua implementação, maior debate pela mídia. Entretanto, elas ainda se mostram muito insatisfatórias e pouco abrangentes para um país tão grande quanto o Brasil.



O 3° ODM tem como meta: "Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, a mais tardar até 2015. 
  • Razão meninas/meninos no ensino básico, médio e superior.
  • Percentagem de mulheres assalariadas no setor não-agrícola.
  • Proporção de mulheres exercendo mandatos no parlamento nacional."

Com relação a essa meta, as mulheres representam 56% dos ingressantes no E.S. e 60% dos concluintes (fonte). 39% delas tem ensino básico, contra 35% dos homens. Cerca de 35% tem carteira assinada, enquanto para os homens esse número é de quase 44% (aqui e aqui). Também sabemos que os rendimentos das mulheres são muito inferiores,se comparados aos dos homens com o mesmo nível de instrução. Em média a diferença é de 13,75% (link), mas há cargos em que pode chegar a 77% (veja aqui). Além disso, em 2010 elas representavam 9% dos Deputados brasileiros e 10% dos Senadores, apesar de serem 51,7% dos eleitores do Brasil (mulheres na política).

Assim, podemos ver os esforços que são feitos, mas, ao mesmo tempo, que a evolução é lenta. Creio que os 08 objetivos do milênio são uma meta muito modesta para promover a igualdade de gênero. Podemos ter mais mulheres com nível superior, mais mulheres com carteira assinada (creio que haverá um aumento com a regularização da profissão de empregada doméstica), e cada vez mais representantes do sexo feminino na política. Mas na realidade, pouco se vê efetivamente para  a sociedade. O problema em transformar pessoas e realidades sociais em números é que se esquece o que ocorre in loco. As agressões que continuam a ocorrer, os assédios no trabalho, as populações que continuam com pouca assistência médica devido a ignorância em como proceder. E as mulheres continuarão na tangente, nunca talvez chegando no mesmo patamar que os homens, se não encararmos políticas além dos 08 ODM. O que ocorrerá quando o prazo acabar? E se eles forem supostamente alcançados, o governo deixará de investir na promoção a igualdade? E a sociedade, não precisa saber e se engajar? Qual é o real objetivo, forjar uma realidade ou que ela se concretize?

Sem a participação dos cidadãos do mundo todo e sem que sejam atingidos e informados em todas as suas esferas, creio que não conseguiremos a tão almejada igualdade. No dia de hoje, lembramos os protestos devido a crimes violentos na Índia e África do Sul - mas esses protestos nunca ocorreram no Brasil, quando os mesmos crimes ocorre quase todos os dias. Vemos, aqui, a condenação de homens que agridem mulheres, mas não falam da imensa maioria dos casos que são mal instruídos. E também da opressão e humilhação usados como arma de guerra - que se lembra tanto quando ocorre pelos países africanos, mas sabemos que é praticada pelas nações de todos os continentes.

08 de março e os 08 ODM devem ser lembrados todos os dias. E a promoção da igualdade não é uma meta com prazo para ocorrer. Deveria ser encarada como uma política mundial eterna, a qual deve fazer parte da noção de igualdade que o mundo obteve com a DUDH. Não podemos fechar os olhos para o que realmente ocorre, muitas vezes abusos entre os próprios governantes e altas-cúpulas pelo mundo, as mesmas que diversas vezes forjam metas a ser cumpridas. Mas para isso, é preciso que as mulheres se unam e que façam valer e exijam o cumprimento de seus direitos, como há alguns anos vem fazendo os movimentos feministas, e que a conversa ocorra em todas as esferas, em todas as escolas; é preciso que os cidadãos do mundo inteiro entendam que somente com igualdade poderemos continuar progredindo.
A primeira tirinha que fiz para o blog :)!
Só que não!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Saiu ontem! E não consegui :(... eles selecionaram quem teve acima de 35% e eu estive perto. Mas não desanimei...foi uma experiência interessante. E na próxima eu consigo :)!

Para os resultados, acesse aqui. De qualquer forma, informaram que os contemplados receberam e-mail para a segunda fase, que,se não me engano, ocorrerá de 08 a 11 de março, de forma presencial.
 Continente passa por uma séria crise de identidade e unidade está ameaçada
Então a Grécia não quebrou, e a Europa começou a respirar com menos esforço, mas não por muito tempo. Os eleitores rebeldes da Itália, que optaram por um bilionário extravagante e um palhaço, nos recordaram semana passada com que profundidade a crise está entranhada no continente. Enquanto isso, a França está praticamente agindo sozinha no Mali e a Grã-Bretanha fala abertamente em deixar o barco europeu de uma vez por todas. Esta não é apenas uma crise da moeda da Europa, mas de sua própria alma.
Se um dia já existiu uma visão emergente de uma Europa unida, ela está desmoronando por falta de apoio de seus vários povos. Cada um tem seus próprios ressentimentos ou suspeitas dos parceiros. Porém, todos sofrem da mesma carência: pouquíssimos de seus cidadãos se veem em primeiro lugar como europeus.
Curiosamente, no final do século XX, os líderes e as instituições do Velho Continente não compreenderam que, para construir uma Europa comum, eles precisavam encontrar ou cultivar europeus com espírito continental, para dar ao projeto um alicerce federativo.
Como isso seria possível? A história da Europa do último meio século costuma ser retratada como uma sequência de passos rumo a um futuro comum. Porém, talvez, para compreender onde estamos agora, a História deveria começar antes – não com a aglutinação de França e Alemanha na década de 1960, mas com o modelo da Europa na década anterior à calamidade de 1914.
De forma importante, a Europa de 1913 era muito mais cosmopolita e europeia do que a de hoje em dia. Ideias e nacionalidades decresceram e convergiram num canteiro de criatividade. Aquele ano viu o auge do Futurismo, o começo do abstracionismo em Picasso e Braque, a estreia de "A Sagração da Primavera", de Stravinsky, a publicação de "No Caminho de Swann", de Proust. Colaborações para descobrir os segredos mais profundos da ciência transpunham as fronteiras com facilidade. A arquitetura da Áustria imperial e da França republicana encontrou imitadores em cidades que eram pequenas pedras preciosas por toda Europa Central e Meridional; elas eram chamadas de Pequena Viena ou Pequena Paris.
E existiam grandes comunidades de expatriados cosmopolitas – "passeurs" entre culturas, marcadamente os judeus urbanos, bem como as minorias alemãs, espalhadas pela Europa Central e Oriental. Embora o preconceito fosse profundo e fossem tratados asperamente em muitos lugares, em outros eles conseguiam se identificar como cidadãos de um grupo europeu maior, não meramente pela terra onde residiam, e aspiravam ao respeito e conforto.
Posteriormente, nas mãos dos totalitarismos, a maioria dos judeus seria massacrada e os alemães – como outros grupos – deportados aos países de origem. Ao lado de seus maiores crimes, Hitler e Stalin, dessa forma, fizeram sua parte para apagar a ideia de cosmopolitismo na forma que a velha Europa o entendia.
Tudo isso torna ainda mais pungente o costumeiro ponto de partida da narrativa europeia moderna: os escombros de 1945. Um imperativo avassalador pela reconstrução, aumentado pela Guerra Fria, uniu a Europa Central e colocou a Alemanha Ocidental no centro do palco. Os europeus prosperaram num mercado cada vez mais comum. Porém, o elemento unificador não era o otimismo, mas o pavor – o medo de outra guerra entre si ou de uma expansão soviética foi o que levou os europeus ocidentais a superar diferenças caso se desenvolvessem.
Após a queda do Muro de Berlim, a Europa Ocidental se expandiu para o leste, parecendo serenamente se aproximar do Fim da História – paz, prosperidade, segurança social, democracia, com um símbolo unificador, o euro, de Helsinki, Finlândia, a Sevilha, Espanha. Para seus mais de 400 milhões de habitantes, a Europa se tornou um parque temático, museu, supermercado – o continente da EasyJet: eficiente, rápido, aberto a todos a baixo custo.
Porém, agora a Europa pede sacrifícios e solidariedade, e se vê em declínio. Em todos os lugares, ganham populistas e nacionalistas. Gerenciar a austeridade, combater a dívida – no fim das contas, essa não é forma de unir a Europa.
Quem sabe os líderes europeus deveriam ter se alarmado mais quando o entusiasmo pela unidade começou a se esfarrapar antes mesmo da crise. Em 2005, eleitores franceses e holandeses vetaram o avanço rumo a uma constituição europeia. Enquanto isso, os países recém-libertados da Europa Central e Oriental – o "Ocidente sequestrado" de Milan Kundera, desfigurado por 45 anos de ocupação soviética – se viam com economias menos reeuropeizadas e mais globalizadas. O mesmo é válido para a geração ascendente da Europa; ela conhece os prazeres da economia moderna. Porém, tais artigos estão ao alcance mundial de qualquer pessoa com seu nível de riqueza e privilégio. Tirando o euro em suas carteiras, os jovens da Europa não sentem a presença da Europa diariamente.
Formadores de opinião, o comércio e o governo costumam concordar que o continente poderia lucrar com maior unidade política, pois a globalização favorece blocos continentais. Entretanto, as nações e os povos da Europa teriam de abrir mão da soberania, e nada os preparou para isso. No ritmo em que as coisas estão acontecendo, se os europeus forem pressionados em prol da unidade, eles vão recusar.
Por esse motivo, a Europa precisa encontrar uma nova ideia, uma nova visão, um alicerce para o futuro. Princípios familiares elevados não bastarão. Os direitos do homem, pluralismo, liberdade de pensamento, a social democracia do livre-mercado são itens presentes nas constituições de todos os países; os cidadãos não precisam da União Europeia para fornecê-los.
Como, então, estabelecer laços emocionais com a Europa?
Talvez a resposta seja a concepção de uma Europa de carne e osso, com cores, cheiros, folclores, força poética e variedade. O objetivo não é formado em princípios familiares – língua, História ou linhagem comum –, mas justamente pelo oposto: uma compreensão cultural e ponto de referência supranacional, fundamentalmente continental. Kundera cita a "diversidade máxima em espaço mínimo" da Europa – uma noção talvez tão poderosa quanto "liberdade, igualdade, fraternidade" ou "todos os homens são criados iguais".
Essa ideia fundamental é a condição "sine qua non" da unidade política continental. Uma cultura europeia como um todo daria espaço para laços que não existem mais, mas já existiram, como os "passeurs" e as pequenas Vienas e o fluxo de genialidade pelas fronteiras transmitindo o que significava se considerar europeu.
O conceito poderia ser conquistado por um programa cívico europeu em todas as escolas, pela ênfase no domínio de outros idiomas, pelo crescimento dos programas de intercâmbio (de todas as ideias e classes), pela melhoria da mobilidade, pela unificação dos sistemas de saúde e de aposentadoria da Europa, pela eleição de deputados europeus diretamente responsáveis perante seus eleitores, pelo tratamento mais igual de imigrantes e trabalhadores hóspedes.
Agora, algo para meditar. François Hollande, Angela Merkel e principalmente David Cameron: lembrem-se dos "passeurs"! Incentivem a criação de um espaço cultural e público unicamente europeu. Deem-nos uma visão para os povos da Europa: façam-nos sonhar em ser um único povo, e deixem suas ambiguidades de lado. Se vocês aspiram sinceramente a uma Europa política, então assumam a responsabilidade com coragem e uma visão que ultrapasse as próximas eleições e o futuro tropeço econômico.
Promovam a unidade espiritual do continente, organizada em torno de sua diversidade.
(Olivier Guez é colaborador do jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" e autor de um livro sobre os judeus na Alemanha desde 1945.)
Retirado daqui.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Devo confessar que o Curso Sapientia me chama muita atenção, mas nunca fui "à fundo" para saber como ele é. Ainda estou explorando sobre esse curso, mas parece ser muito bom. Quando eu souber mais coisas sobre ele,e quiçá se eu fizer algum curso por lá (acho que online, pois não lembro de ter em BSB), coloco algo aqui.

Mas o que vim compartilhar é da revista do curso. Fiquei sabendo hoje, pois recebo as atualizações deles no Facebook. Eles tem uma revista com conteúdos interessantes para o CACD, e, o melhor, é grátis. Então, não há como perder essa fonte a mais de notícias (e temas escolhidos, o que ajuda em um mar de acontecimentos pelos quais nos perdemos na navegação online). Fica o link e a dica ;)! Boa leitura!

sábado, 2 de março de 2013


Finalmente fiz a prova do Bolsão do Clio... Êêê ^^! Apesar de já ter sabido sobre ela antes, nunca tinha feito a prova... e não há como encontrar provas anteriores na internet. Então, não fazia ideia de como era. Aí fui na "sorte" mesmo.

Assim como fazer a prova do CACD, ou de qualquer concurso, vale para vermos o quanto estamos preparados (ou não - meu caso). E que não é um bicho de sete cabeças. Na real, qualquer prova que eu faço sem estudar é "ah, fazível". Também não acho que seja um pandemônio fazer qualquer prova (mesmo depois que eu estudei). É só estudar...simples (ha-ha, e depois eu me descabelo confundindo tudo¬¬). Mas o problema do CACD - que tem questões até parecidas com provas de vestibulares (prá quem já estudou MUITO para isso) e da faculdade (algumas dissertativas que vi de anos anteriores) é a EXTENSÃO DO CONTEÚDO. Tem MUITA coisa, e a maledeta pede DETALHES... e isso se repetiu na prova do Bolsão.

O Bolsão tem a primeira etapa - a que eu fiz, e espero ir para a segunda nem que seja por experiência - com vinte questões, resolúveis on-line, no modelo do TPS. Isso mesmo, no MODELO, inclusive a correção. Então deixar em branco é uma estratégia. Ou seja, textos um tanto longos, questões de C e E (a maioria)... caiu português, PI, DIP, Economia, Geografia, História, Inglês...acho que até as proporções foram mantidas!

E vi como enferrujei! Não lembro os tipos de pronomes, orações então, vixe! MERCOSUL, economia monetária (jurava que não caía Oo) economia brasileira... fiz monitoria de Direito Comunitário umas 2 vezes, fiz matérias e provas de DC e não lembrava nada -_-!Pois é,apesar de as questões não serem bruxônicas (e isso se percebe nas correções, os professores falam "ora, tá errada simplesmente por isso" e vc pensa "meldels,só?!"), tem muito detalhe e muita coisa. Pode ser uma data errada, uma palavra... (isso no TPS, as outras fases são outra história). E aí que o bicho pega. Aí que talvez se gasta anos para assimiliar... aí que tem que estudar di-rei-ti-nho, esquematizar e ter tu-to em uma linha na cabeça.

Enfim, no final das contas, o que concluo é que, em que pese você não seja formado- requisito para que quem ganhe a bolsa possa usufruir dela - mas se pensa em fazer o IrBr, vale a pena. Você tem um teste de graça, e não é que nem fazer exercícios em casa , afinal de contas, ali não tem como olhar (até tecnicamente tem,se você quer se ferrar, porque tem 120 minutos para resolver tudo, mas eu usei 60 mesmo).

Acho que quem está mais preparado tem mais chances. E tem outra prova no meio do ano então, se não for nessa, na outra tem que ser. Sabemos que os cursinhos são caros, mas muitos fazem provas, tem descontos, então tem que procurar! Tem para cursos on-line também. O Grupo de Humanidades - que tem online, também,se não me engano, teve prova (mas aí é presencial em São Paulo), enfim, assim que souber posto aqui. 

Sinceramente, nunca tinha feito essas provas. Eu tinha medo de ir mal, e acho que foi burrice... se tivesse feito talvez poderia ir melhor nessa,e é de graça. Mas agora que é para valer não posso dormir no ponto. Então vou ter que encarar!

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