sexta-feira, 12 de julho de 2013

Não sei se a maioria já viu, mas saiu o Guia de Estudos para o CACD deste ano (link aqui). O Guia de Estudos, que sai desde que a CESPE faz o concurso (senão de antes,até), serve para que os concursandos tenham uma ideia sobre como resolver as questões da segunda e terceira fases; eles não publicam as de espanhol e francês.

Para o Guia, são selecionadas as melhores respostas de cada questão da prova do ano passado. Assim, se pode saber como são cobrados os temas, e uma forma "adequada de responder".

Então,resolvi ler o dito cujo, e analisar as alternativas. Eu já havia visto alguns guias anteriores, mas não estou revisando eles, ainda. Percebemos que muitos candidatos se saem "assustadoramente" bem, além de alguns que tem várias questões selecionadas. Ademais, é possível ver a abrangência de algumas questões (quiéquié a de HB!?), a pluralidade de temas (matrizes energéticas! quando a gente pensa só em conflitos), além de que, em muitas delas, o entendimento do que se quer fica bem a critério de se fazer uma boa interpretação.
É, eu fiquei assim O_O
E as respostas? Incríveis, não? Quem vai se lembrar exatamente de porcentagens, mileum nome de obras para citar em uma questão ou datas muito específicas? Eis que nosso castelo de sonhos desaba, e já começamos a pensar no plano B, no C ou no D....

Talvez seja a hora de repensar em cursar Medicina...
Porém, é preciso atentar aos candidatos à diplomata, e, sobretudo, àqueles que não fazem cursinho, que a "coisa não é bem o que parece". O Guia de Estudos nem sempre reflete a resposta tal qual a pessoa escreveu na prova. Em verdade, ao que se sabe, a pessoa tem a oportunidade de corrigir a resposta antes de enviá-la para publicação. E, muitas vezes, algumas são incrementadas. Não digo que todas elas, ou quais delas, não tem como sabermos. Mas é preciso que se tenha em mente isso, antes de achar que nunca atingiremos aquele nível de "rememoração" na hora da prova, muitas vezes algumas coisas podem ser posteriormente colocadas. 

Além disso, vários candidatos à diplomata são especialistas ou mestres ou até doutores em uma área. Assim, muitos podem ter respostas excepcionais para algumas questões. O que não significa que os demais, com respostas mais simples, porém correta, não passem. Na verdade, o que importa é, obviamente, ter um vasto conhecimento, mas, acima de tudo, responder corretamente, e elaborar um bom texto.

Portanto, caso você tenha se entristecido ou apavorado com o Guia de Estudos e pensa em largar o concurso, repense! Não quer dizer que você não terá chances, que você não conseguirá...na hora das provas, mesmo que passemos uma hora "em branco" as ideias vem - quem estudou sempre terá algo para colocar - e conseguimos organizar um texto. Continue seus estudos, continue a se esforçar, que você consegue. Ademais, muitas pessoas lá dentro (e pelo que eu sei, cada vez mais, haha) são pessoas simples, como nós, reles graduados normais com um QI normal e com um sonho em comum, mas que se esforçam muito e não desistem daquilo que querem.



Beijos e bons estudos :)!
Irei atualizar menos o blog porque esse fim de mês está pesado :/

terça-feira, 2 de julho de 2013

Algo que deve ocorrer para muitos de nós que se preparam para essa carreira é se realmente a diplomacia é o que queremos. Afinal, o salário não é lá muito alto -se comparado com profissionais da iniciativa privada que detêm os mesmos conhecimentos - estuda-se e trabalha-se muito (pelo que dizem), o fato de viver mudando de país pode ser cansativo, além do tempo para dedicar-se a conseguir isso...

Um sonho possível...
Eu já tenho consolidado em minha mente (apesar de que isso talvez mude, se o mundo não parar de girar) que a vida é uma questão de escolha pessoal e visão. Qualquer trabalho pode ser bom, é uma questão de estilo de vida. Às vezes fico pensando que deve ser relativamente bom trabalhar na praia, com aquele clima sereno, vendendo algo em uma barraca... uma vida mais tranquila e sem os estresses sobre a crise política no Oriente Médio, as próximas reuniões dos grandes organismos internacionais, se o MERCOSUL realmente está em crise e qual a melhor configuração para um tratado de exportação de alimentos do Brasil para a China, sei lá. Eu tive muito contato com a vida no campo, e, creio, é uma das melhores. É realmente o espírito de viver, respirar o ar puro, o contato com os animais e não ter a correria de fusos horários. 

Mas tudo tem seus prós e contras. Meu pai cresceu no sítio e a família dele era pobre. Eles não tinham insumos e mecanismos que se têm hoje, muito menos as linhas de financiamento do governo. Eles trabalhavam das 05 as 19 desde que podiam andar, praticamente. E o sustento deles dependia diretamente do que faziam. Certo dia ele me contou que era muito difícil, pois, no verão, você ficava o dia todo esperando a chuva. E se viesse a seca, perderia tudo: o trabalho de meses, o sustento da família. No inverno, tinha o problema do excesso de chuva e de frio, as doenças dos animais,etc. Era uma vida cansativa e sofrida. Apesar do banho no açude, das frutas diretamente do pé, das peraltices no campo, o trabalho era árduo. E acompanhando a vida do campo desde que me conheço por gente, mesmo que indiretamente, eu sei que agricultores não tem férias, não tem descanso. Pescadores também não; tem o problema das marés, da poluição, da falta de peixe. Ou os vendedores da praia: e se chover?

Não há como dizer o que realmente é "o ideal". Cada estilo de vida tem seus prós e contras. Mesmo as pessoas que para nós parecem abençoados "famosos idolatrados", a meu ver, são prisioneiros autodeclarados... quando alguém faz algo errado, a sociedade pune tirando o que mais temos de valioso: a liberdade. E essas pessoas acabam fazendo isso, visto que sequer podem sair para comprar um pão. Apesar de todo o dinheiro, valeria a pena?

Abaixo irei colocar uma matéria que saiu hoje no G1. Particularmente, eu gosto de ler essas matérias. Não para ver alguém que "fez milagres e passou", mas porque essas pessoas mostram uma paixão e satisfação por aquilo que para nós é uma incerteza. Eles chegaram lá e "confirmaram" nossas expectativas. Claro que caberá a nós chegar lá e ver se é realmente o que queremos... mas depois de estar lá é uma coisa. Difícil é passar a vida toda vendo isso na tv e lembrando "dos tempos em que eu sonhava em ser diplomata...como era tolo, mas fulano conseguiu...". Não estou aqui me referindo a quem estuda há anos, ou não consegue passar por A ou B motivo. Mas sim àqueles que desistem simplesmente porque, de uma hora para outra, se convencem que isso foi uma fase, uma tolice. Sei que muitos param para dar uma respirada, viver novas emoções, mas deixam o sonho adormecido, pronto para despertar... 

Quando a carreira que você sonha vira uma paixão, quando seus olhos brilham ao ver um colega aprovado, ou ver alguém falando sobre isso, quando você sente uma alegria ao pensar em como seria trabalhar nesse posto, acho que você está no caminho certo, e não deve desistir. Sim, a diplomacia é uma carreira que tem sacrifícios. E como os "experts" dizem no comentário (veja depois no site da matéria), "ganhar 13 mil para morar no Afeganistão!?", realmente, pode parecer pouco para alguns. Mas acho que nada paga a realização do sonho, as diversas viagens, culturas conhecidas, a sensação de contribuir de forma positiva para o país e para o mundo.

Ao ler o texto, não se agoniem; como diz nos comentários, não foram só 08 meses, a preparação anterior certamente ajudou nos temas.

Para quem tem essas angústias e dúvidas, e todo mundo tem, sugiro dar o play no vídeo e acompanhar a matéria :).

E não se esqueçam: bons estudos!



Aprovado em 1º lugar para diplomata estudou por oito meses; veja dicas;
Instituto Rio Branco abriu 30 vagas para o cargo, cujo salário é R$ 13,6 mil.
Thomaz Napoleão, que passou em seu 1º concurso, fala sobre a carreira.

Thomaz Alexandre Mayer Napoleão, de 29 anos, se tornou diplomata quando tinha apenas 25 anos. Ele passou em 1º lugar no concurso do Instituto Rio Branco em 2009, feito obtido na primeira tentativa para ingressar no órgão. Além disso, era seu primeiro concurso público. Foram oito meses de preparação e cerca de R$ 5 mil investidos em cursinho preparatório e material de estudo.
O Instituto Rio Branco está com inscrições abertas até o dia 9 de julho para 30 vagas de diplomata. O salário é de R$ 13.623,19. Podem se inscrever candidatos com nívelsuperior em qualquer área.
Desde 2011, Napoleão trabalha na Embaixada do Brasil em Islamabad, no Paquistão. É seu primeiro posto como diplomata no exterior. “Viajo a trabalho a cada dois ou três meses, em média, principalmente para os países dessa região, como o Afeganistão. Além disso, utilizo meu tempo livre para viajar extensamente pela Ásia e pelo Oriente Médio, por interesse pessoal”, conta.

Como foi a preparação 

Napoleão conta que durante os estudos priorizou os temas nos quais tinha maior dificuldade, que eram direito, economia e história do Brasil. “Essas disciplinas concentraram 60% do meu tempo de estudos, pois minha base nas demais matérias, línguas inclusive, já era sólida. Estudei todos os conteúdos mais ou menos simultaneamente, o que talvez não seja estratégia eficaz para a maioria dos candidatos”, comenta. O  Diplomata fala inglês, francês, russo e espanhol. As fluências em inglês e francês vieram da adolescência, as outras, mais tarde, segundo ele. 
Não há motivo para desespero, pois o concurso é anual, de maneira ininterrupta desde 1946, e há pouquíssima variação entre uma edição e a seguinte"
Thomaz Napoleão Napoleão estudava cerca 6 horas por dia, inclusive nos finais de semana. Napoleão conta que na época trabalhava em tempo integral: era assessor internacional do Ministério da Educação. “Acordava às 6h30, estudava de 1 a 2 horas pela manhã, depois ia às 9h ao trabalho, estudava mais 1 hora
durante o almoço, voltava ao expediente à tarde e estudava mais 3 a 4 horas à noite, entre aulas no cursinho e leituras em casa. Procurava não dormir muito tarde, após as 23h, pois um bom repouso diário era fundamental para manter essa rotina exigente. No entanto, nunca tive metas de disciplinas claramente organizadas:simplesmente sabia os assuntos que deveria priorizar, e adaptava meu tempo livre de maneira correspondente.”

Napoleão conta que leu, total ou parcialmente, de 100 a 120 livros para o concurso. Mas durante a preparação, ele não deixou o lazer de lado. “Fiz alguns sacrifícios, mas não em excesso. Reduzi o ritmo de viagens, baladas e outros programas sociais, e mantive namorada durante a maior parte da preparação. Um erro muito comum entre candidatos é se dedicar única e exclusivamente ao concurso, abrindo mão do lazer, do exercício e da vida social para respirar estudos dia e noite. Com raras exceções, é uma péssima escolha: aumenta a ansiedade e o estresse, e com isso diminui a produtividade dos estudos. Disciplina não significa autoflagelo”, diz.

Para ele, o que determina a aprovação é a condição psicológica na hora da prova. “Dificilmente alguém estará calmo e relaxado se tiver passado 100% do seu tempo entre livros, de maneira obsessiva, sem nunca descansar e descontrair. Não somos máquinas.”
O concurso é uma espécie de maratona, uma prova de resistência, não uma corrida de velocidade"

Ao ser questionado sobre o “segredo” do seu sucesso, ele cita quatro fatores. Primeiro, sua formação acadêmica e experiência profissional anteriores, que facilitaram a preparação. Em segundo lugar, o fato de ser “um leitor compulsivo e um estudante entusiasmado”. “Pode parecer óbvio, mas quem encarar o
estudo como um sacrifício, e não como um prazer, dificilmente terá chances”, diz.

Outro fator é a facilidade com línguas estrangeiras, por ter estudado em escolas americanas e canadenses, em São Paulo, e por ter feito mestrado na França. “Graças a isso, obtive a maior nota do concurso em inglês e em francês, embora não fosse muito forte em espanhol.” E, por último, a atitude psicológica no momento das provas, mesclando uma grande dose de frieza e autocontrole com um bom tempero de autoconfiança e otimismo. “O formato do concurso, muito longo, desgastante e extremamente competitivo, favorece os candidatos mais calmos e metódicos, o que condiz com minha personalidade. O concurso é uma espécie de maratona, uma prova de resistência, não uma corrida de velocidade.”

Para quem pretende fazer o concurso, Napoleão aconselha o candidato a fazer uma pesquisa criteriosa sobre o que realmente faz um diplomata brasileiro. “Um pouco de autoconhecimento é necessário: você quer mesmo passar o resto da vida adulta se mudando de cidade e país a cada dois ou três anos, e
está pronto para os sacrifícios pessoais que isso implicará? A diplomacia é uma carreira interessantíssima, mas não é para todos”, alerta.

No começo dos estudos, ele aconselha o candidato a identificar os pontos fortes e fracos entre as matérias  do concurso, e, segundo ele, a melhor maneira de fazer isso é resolver algumas provas anteriores e testar o desempenho. O passo seguinte é escolher o curso preparatório mais adequado, seja ao vivo ou à distância (aulas telepresenciais). 

“Pesquise bastante, compare horários e preços, informe-se sobre cada professor e converse com outros candidatos. Teoricamente é possível passar sem cursinho, mas esse não é o caso de 95% dos aprovados nos últimos anos. Seria irresponsável recomendar que alguém se prepare sozinho”.

“O resto é manter a disciplina regular de estudos, priorizar os assuntos que efetivamente serão cobrados - não caia na tentação de perder tempo com conteúdos saborosos, mas inúteis para a prova, atenha-se ao edital e siga os conselhos de professores experientes - e permanecer tranquilo e paciente durante a preparação.”

Para Napoleão, embora todos os conteúdos sejam importantes, as duas matérias claramente decisivas do concurso são português e política internacional. Segundo ele, a primeira fase tem numerosas questões de gramática e interpretação textual; a segunda etapa, sobretudo a redação, é uma das barreiras
mais difíceis do concurso; e na terceira fase, discursiva, é impossível ser aprovado sem escrever muito bem. Já os temas de política internacional, na prática (não no edital), representam mais de metade de todas as questões (inclusive em línguas estrangeiras) da terceira e da quarta fases; nos últimos anos, a redação (segunda fase) também tem versado sobre assuntos políticos, mais que literários.

Para Napoleão, a terceira fase, com seis provas escritas, em dias alternados, é a mais exaustiva, pois contempla, ao todo, 24 horas de questões discursivas complexas (quatro horas para cada uma das seis matérias). “Mas não é necessariamente a mais difícil. Fiquei mais preocupado com a segunda etapa, a prova discursiva de português e redação, cuja banca [Cespe/UnB] tem a reputação de ser especialmente  rigorosa”, diz.

Para quem está prestando o concurso há anos e não passa, Napoleão indica paciência, disciplina e dedicação. “Na maioria dos casos, o concurso é um projeto de longo prazo e o mais frequente é que a aprovação venha após 2 a 4 anos de estudos específicos, embora haja exceções. Alguns de meus
colegas no Instituto Rio Branco conseguiram a aprovação após 6 ou 7 anos de tentativas”, afirma.
Napoleão explica que para quem chegou perto da aprovação em concursos anteriores não faz sentido desistir, mas se nunca conseguiu se aproximar da nota de corte da primeira fase, após várias tentativas, é aconselhávelrever os planos. 

“O número de candidatos altamente qualificados é estruturalmente superior ao número de vagas disponíveis, e sempre será, pelo simples fato de que o Brasil é um país enorme, mas dotado de um serviço diplomático
pequeno. Não quero azedar os sonhos de ninguém, mas muitas frustrações seriam evitadas se mais pessoas fossem realistas.”

Nesse caso, ele indica o concurso para oficial de chancelaria do MRE, “que é um pouco menos exigente e também permite um estilo de vida semelhante ao do diplomata, com iguais oportunidades de conhecer o mundo e lidar com temas interessantes”.

“Os aspirantes que de fato têm chance de sucesso devem persistir em seus planos, sem perder a calma. Devem identificar as deficiências de seus programas de estudo, se possível após consultar professores e outros candidatos, para compensá-las. Muitas vezes a diferença entre a aprovação e a reprovação, principalmente na primeira fase do concurso, é um detalhe banal: uma noite de insônia, uma cólica, um 'branco' sobre um único tema de economia, uma briga recente com a namorada ou qualquer outro azar que provavelmente não se repetiria no ano seguinte. Não há motivo para desespero, pois o concurso é anual, de maneira ininterrupta desde 1946, e há pouquíssima variação entre uma edição e a seguinte. Isso significa que o estudo é cumulativo: as leituras feitas para o concurso de 2012 continuarão úteis em 2015, na maioria dos casos.”

Além da bibliografia recomendada e de apostilas e provas anteriores, Napoleão acha importante que o candidato se mantenha atualizado por meio de jornais, revistas e internet, na parte de atualidades em geral. “A prova de política internacional requer conhecimento aprofundado das atuais ações e campanhas da diplomacia brasileira; a prova de direito pode se debruçar sobre controvérsias jurídicas e tratados internacionais recentes; e a prova de geografia cobra diversas questões socioeconômicas de atualidade”, exemplifica. 

Vida de diplomata

Segundo ele, a diplomacia é uma carreira extremamente versátil: é possível trabalhar com temas políticos, comerciais, ambientais, consulares, humanitários, culturais e de desarmamento, entre outros. Em Islamabad, ele conta que lida basicamente com assuntos políticos, como o acompanhamento do conflito no Afeganistão, o equilíbrio nuclear entre Índia e Paquistão, a consolidação da democracia paquistanesa e o combate ao terrorismo, e de cooperação, como assistência humanitária prestada pelo Brasil a refugiados e vítimas de catástrofes naturais e capacitação técnica em setores como agricultura e segurança alimentar.
Entre a aprovação no concurso e a ida a Islamabad, ele fez o curso de formação no Instituto Rio Branco, que dura três semestres e é a etapa inicial e obrigatória da carreira. Ele também trabalhou na Secretaria de Planejamento Diplomático, unidade que assessorava o então ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.

Napoleão, que é da cidade de São Paulo, se graduou em 2005 em relações internacionais e em 2006 em jornalismo. Ele ainda tem mestrados em segurança internacional, concluído em 2008, em Paris, na França, e em diplomacia, em 2011, no próprio Instituto Rio Branco.
O diplomata conta que, diferentemente da maioria dos aspirantes à carreira, não passou muitos anos sonhando com a diplomacia. “Achava que o Itamaraty era excessivamente hierarquizado, elitista ou conservador. Desfiz essas ideias preconcebidas após conversar com amigos que já haviam ingressado no ministério que disseram que a carreira diplomática havia evoluído muito nas últimas décadas”, diz.

Ele conta que durante quase toda a vida acadêmica, sua ambição era trabalhar nas Nações Unidas ou em outros organismos internacionais, ou em ONGs dedicadas à resolução de conflitos e à ação humanitária, ou até ser correspondente internacional em zonas de conflitos. “Somente mudei de ideia ao final Napoleão conta que uma das vantagens da carreira é a possibilidade de conciliar diversas rotinas extraprofissionais. Segundo ele, muitos diplomatas são também acadêmicos ou artistas, escritores, fotógrafos, cineastas, poetas ou pintores, por exemplo. Napoleão trabalha ainda como professor de política internacional em um curso preparatório para a diplomacia e pretende fazer doutorado em relações internacionais, para posteriormente lecionar em universidades. “Sou também fotógrafo e organizo exposições e ensaios ocasionais.” Ele inclusive mantém um de fotografias (http://napoleaophoto.com). Segundo Napoleão, os diplomatas mudam de país a cada 2 ou 3 anos, normalmente. Há um sistema de rotação entre postos, que combina as preferências pessoais e profissionais de cada diplomata com as necessidades políticas e administrativas do Itamaraty. 

“Procura-se, de modo geral, alternar postos ‘confortáveis’, cidades desenvolvidas, estáveis, seguras e cultural ou geograficamente próximas do Brasil, com ‘desafiadores’, países em desenvolvimento,
às vezes turbulentos, onde a infraestrutura é mais precária e o choque cultural será maior. Mas ninguém é forçado a servir em qualquer lugar contra sua vontade”, explica.

Napoleão sonha em trabalhar em vários países, principalmente no Oriente Médio e na África, além da Rússia. “Sempre gostei muito de viajar, de negociar e debater, de aprender línguas estrangeiras, de estudar temas políticos e de enfrentar choques culturais. Gosto muito do sentimento de representar o Brasil no exterior, é uma grande honra. É evidente que a diplomacia era a profissão ideal para mim.”

De acordo com Napoleão, a presença de mulheres e afrodescendentes no Itamaraty ainda é insuficiente. Na sua turma, havia cerca de 25% de mulheres e 10% de afrodescendentes. “A presença feminina, infelizmente, ainda é pequena no Itamaraty, mas hoje várias de nossas principais embaixadas e missões são chefiadas por mulheres. Da mesma forma, o Itamaraty sempre foi majoritariamente branco, mas a participação de negros vem crescendo, em parte graças a políticas de ação afirmativa lançadas no governo Lula”, diz.

FONTE
A quarta fase é, geralmente, a que os candidatos menos pensam. "Uma coisa de cada vez!". Com certeza. É preciso, primeiro, passar pelo TPS, pela segunda fase, a terceira (imeeensa e desgastante) para depois chegar a quarta (que ocorre com a última prova da terceira). Conforme o edital desse concurso:

"11 DA QUARTA FASE: PROVAS ESCRITAS DE LÍNGUA ESPANHOLA E DE LÍNGUA FRANCESA 
11.1 A quarta fase constará de provas escritas de Língua Espanhola e de Língua Francesa, de caráter 
classificatório, com o valor de 50,00 pontos cada prova. 
11.2 As provas escritas de Língua Espanhola e Língua Francesa serão realizadas, simultaneamente, na data 
provável de 10 de novembro de 2013, às 15 horas (horário oficial de Brasília/DF), e terão a duração de 4 
horas. 
11.3 Todos os candidatos aprovados na segunda fase deverão fazer as provas da quarta fase. 
11.3.1 Apenas os candidatos aprovados na terceira fase terão corrigidas suas provas da quarta fase
11.4 O candidato que não comparecer às provas da quarta fase, ou que as entregar em branco ou com 
qualquer forma de identificação diferente da permitida, será eliminado do concurso. 
11.5 Características da prova de Língua Espanhola: a prova de Língua Espanhola constará de dez questões 
relativas a textos em língua espanhola, com o valor de 5,00 pontos por questão. As respostas às questões 
deverão conter frases completas em espanhol e observar a extensão exigida no comando de cada questão. 
A avaliação das respostas, que deverão ser em língua espanhola, se pautará pelos seguintes critérios: a) 
correção gramatical; b) compreensão textual; c) organização e desenvolvimento de ideias; d) qualidade da 
linguagem. 
11.6 Características da prova de Língua Francesa: a prova de Língua Francesa constará de dez questões 
relativas a texto em língua francesa, com o valor de 5,00 pontos por questão. As respostas às questões 
deverão conter frases completas em francês e observar a extensão exigida no comando de cada questão. A
avaliação das respostas, que deverão ser em língua francesa, se pautará pelos seguintes critérios: a) 
correção gramatical; b) compreensão textual; c) organização e desenvolvimento de ideias; d) qualidade da 
linguagem."

Portanto, ela é CLASSIFICATÓRIA. Tecnicamente, ninguém "sai do concurso" pela nota. Mas o problema é que, considerando que o número de aprovados até a quarta fase é quase o dobro do número de vagas, muita gente acaba, sim, caindo fora por ir mal na quarta fase.

Ano passado ficou conhecido por ter sido relativamente fácil em francês (embora se diga que o vocabulário cobrado não seja tão "instrumental" assim), o espanhol foi uma guilhotina. Muita gente que já havia estudado há tempos caiu por isso. Então, considerando que quem chega a essas fases (3a e 4a) é quem está mais preparado (salvo algum milagre ocasional de rara ocorrência), creio que ali é que haverá o funilamento.
uma queda na 4a fase pode doer muito :(...
Segundo o edital, o que se cobra é um nível "instrumental" de ambas. Pois bem, o que seria isso? Dando uma "googlada" se vê que o instrumental é um nível que possibilite fazer uma tradução e interpretação de textos, geralmente voltado para concursos ou aprendizado rápido, muitas vezes por meio de macetes. 

Já vou avisando, os cursinhos não vão ensinar o be-á-bá de idioma algum. Eles não começam com pronunciação (em francês), números, alfabetos, cumprimentos e essa meia dúzia de coisas que rende um semestre em qualquer curso. Na verdade,se passa por cima de quase tudo, o que se aprende é "decorar"... Então, se você acha que terá dificuldade, aconselho que faça ao menos um intensivo antes de meter as caras em um clio da vida na parte de inglês e espanhol. Claro que tem pessoas que vão sem saber nada, mas não sei apontar como isso funciona para elas, dado que eu fiz algum tempo desses idiomas (antes mesmo de ser obrigatório no CACD).

Respondendo a pergunta do título, portanto, não acho adequado deixar para estudar para a quarta fase somente após passar na segunda. Pense bem: conforme o calendário, a primeira fase é dia 18/08; a data provável da segunda é 15/09 e da terceira 26/10 (História do Brasil); 27/10 (Língua Inglesa); 02/11 (Geografia); 03/11 (Política Internacional); 09/11 (Noções de Direito e Direito Internacional Público)  e 10/11 (Noções de Economia), sendo que neste dia ocorrerá a 4a fase, à tarde.

Assim, você tem: menos de 1 mês entre a primeira e a segunda (prova meticulosa de português!), uns 40 dias entre a segunda e o início da terceira, que se estende em cada final de semana, durante três semanas. Você estará estudando forte para 7 matérias (se contar DI e DIP separado), praticamente o dia inteiro. Não terá como "aprender" espanhol e francês nesse tempo! Mesmo que saiba, o que tira muitos pontos é qualquer erro banal: um acento (sendo que em francês tem palavras com TRÊS ACENTOS), um verbo mal conjugado, um "portunhol"... o pior, eu creio, é ter a preparação adequada e lembrar de todas essas regras "banais", que é o que acaba sendo cobrado (além de, claro, uma boa resposta ao texto, o que, ao final das contas, não será o pior).

Portanto, aconselho a quem está investindo, que comece a estudar agora. Sei que tem o TPS, e não adianta estudar para a 4a sem passar na 1a. Mas não é legal você chegar até o final e cair por isso... não custa nada dedicar umas 5h por semana (1 por dia) para esses idiomas, ainda mais se você não estudou nada! Estude nos intervalos, no ônibus, vá lendo notícias, tendo mais atenção às palavras.

Creio que o que conta mais não é a quantidade do estudo, mas um bom planejamento e direcionamento - e isso pode fazer toda a diferença!

Em BSB o único curso que conheço que prepara para o IRBR, além do Clio, é o Copleem. Para espanhol, há também o Instituto Cervantes (mas alguns colegas falaram que é um curso mais extenso), e, para francês, o Français CACD (só sei o FB deles). Em algumas cidades pode haver bons professores particulares, ou você pode escolher um prof. que saiba que tem bom conhecimento e consiga analisar as provas para ajudá-lo(a) nos estudos. As provas da 4a fase não tem grande mistério (que eu saiba); acima de tudo, é preciso saber as regras gramaticais.

Então, fica a dica ;)!

Abraços e bons estudos!

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