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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015



Esse vídeo é cheio de animais fofos!!! Aproveite a pausa dos estudos :)!




Fonte:GranCursosFB

A enquete sobre colaboradores para o blog acabou e, em uma maioria de 2 em 3 votos (Rsrs) ganhou a opção para ter mais pessoas ajudando aqui. Alguém tem interesse? No que gostaria de ajudar? Se quiser, pode enviar e-mail ou deixar a resposta nos comentários :).

Fighting!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Será que as reuniões são assim?


domingo, 10 de agosto de 2014

Olá a todos!
Faz tempo que não posto aqui!


Finalmente, acho que retornarei! Este post é para explicar um pouco do que aconteceu comigo. Precisei dar uma pausa para por a cabeça no lugar. E, sim, foi bastante tempo. Quem acompanhou o blog, sabe que o Rio Branco é meu sonho, e algo pelo qual venho com certa dedicação há um tempo. Isso implicou em minha mudança (sozinha, e sem conhecer uma alma) para Brasília, logo após formada, e a engrenar nos estudos e MUITAS aulas no Clio. Eu também transferi a minha faculdade para a UNB, e quero terminá-la...

Ano passado foi o começo disso tudo. Longe da família, das paisagens e climas conhecidos, do sotaque... não foi tão ruim; Brasília é uma boa cidade para morar. Muito boa, bonita, aconchegante. Acho que encontrei um lugar que gosto. O problema maior foi que, desde o Ensino Médio, venho estudando MUITO, primeiro, para ingressar na Federal, e, posteriormente, para ter um bom currículo. Ao contrário da maioria, minha faculdade foi a pior fase da minha vida. Não gostava dos meus colegas, meu curso era muito ruim, e eu não via retorno no que fiz. Para 'fugir' disso, fazia muitas coisas.

Do E.M. para cá, foram cerca de 7 anos dormindo muito pouco (4 ou 3h/dia), com sobrecarga de atividades e de estresse. Há cerca de cinco anos não tenho férias. Nem sei mais o que é descansar e ir a uma praia...  e o final da faculdade, o período que eu achei que a minha "felicidade" viria, foi decepcionante. Tive problemas na adaptação do currículo na UNB, e não consegui render o que queria. Além disso, mudar para tão distante é saber o que as pessoas tem a oferecer, e,  para mim, foi uma imensa decepção com tudo que havia "construído por anos", principalmente com a família. Fora isso, a situação familiar não é tão boa.

Então, imaginem. Eu resolvi engrenar forte nos estudos a partir de novembro/dezembro, trocando os dias pelas noites, tomando muito café, não tive final de ano, nada. Isso depois de um semestre de cálculo 1 com a obrigação de passar! Achei que isso traria alguma coisa, a velha máxima de "o esforço resultará em algo". E tive um PÉSSIMO desempenho no CACD, pior do que quando eu não estudava. Sem contar que, na semana de provas, eu mudei de ap. para outra área da cidade (e, neste ano, outra mudança: não moro mais sozinha). Isso cansa, essa inconstância da vida e a dedicação sem resultados.

Bom, eu pirei, literalmente!Tive fortíssimas crises de ansiedade, TOC e o escambau. E passei por isso sozinha... agora faço tratamento, psiquiátrico e psicológico, e o bendito remédio (não sei o que seria sem ele, no momento) me rendeu uns 3 meses de efeitos colaterais fortes e bem ruins :(. Fora isso, eu perdi uns 7 kg em meio ano.

Esse post não é para falar somente de mim, mas também para mostrar um lado dos estudos que eu nunca vi ninguém contar. Evitei ao máximo falar sobre isso, aqui, decidi fazê-lo, pois acho que pode vir ajudar. Felizmente, em algumas conversas na internet (recentes), pessoas me alertaram para dar uma parada, pois isso pode piorar, e forçar a anos para recuperação. Tudo o que eu acumulei de falta de sono, cafeína e estresse nesses 7 ou 8 últimos anos provavelmente danificaram meu cérebro. Isso provoca problemas nas conexões, alteração do ritmo biológico e funcionamento de genes e dos neurônios. Resulta em doenças muito chatas e fortes. Para melhorar, é preciso reacostumar o organismo (por isso a psicoterapia), e ter outro ritmo de vida. Além dos remédios. Mas isso não ocorre de um dia para o outro. Ainda tenho síndromes de pânico, de ansiedade, de depressão... só que, atualmente, sei lidar com isso.

Eu me permiti essa pausa, e diminuir o ritmo, dormir mais, até me sentir apta a retomar. E não quero estudar 12h por dia (por deus, quem faz isso? Se nem é permitido trabalhar isso tudo!). Eu quero ser uma pessoa comum, capaz de dormir, de ver televisão, e de estudar o que conseguir. De sair sem sentir culpa, tirar umas férias e uns feriados, podendo ler uns capítulos, mas sem correr contra o tempo. Não quero acreditar nos mágicos que não comem e não dormem para passar no concurso, e que não querem ter vida social. Quero poder desempenhar algo que eu goste, também, e curtir quando meus pais me visitam. Sinceramente, admiro mais quem consegue assim, com equilíbrio, do que quem dá uma de "super-herói". Nem sei se isso é verdade. Porém, aos que querem ingressar nessa vida, saibam das verdades que ninguém conta. Não façam disso a vida de vocês, como eu fiz - e não tive qualquer retorno - mas façam disso parte dela. E não tem por que não dar certo. Muitas pessoas passam "quando menos esperam".

Nesse tempo, assisti mais a televisão, e, algo que eu gosto muito é de ver clipes. Tem uma música do Eminem (eu adoro ele!) que fala um pouco sobre isso. Li que ele era viciados em remédios psiquiátricos. Pelo que entendi, na música ele fala sobre isso, sobre o fato de haver essa pressão do "agarre o momento", "faça o máximo", e como isso o deixou doente e transtornado. A vida não é assim, ela dá oportunidades, muitas, e, muitas vezes, quando não ocorre exatamente o que queremos, vem muitas coisas boas. Um exemplo pessoal, eu fui proibida de cursar Relações Internacionais, mas, ao ter que achar alternativas, pude conhecer pessoas incríveis, estagiar, cursar economia, e ter amigos para a vida toda. Se tivesse conseguido o curso, sei que a turma não era boa, e a graduação também não. Teria perdido tudo o que ganhei. É claro que isso não significa que eu não devo fazer o que quero, mas que um pouco de paciência e aceitação das circunstâncias é positivo!

Gostaria, por fim, pedir desculpas pela minha ausência, principalmente ao Danilo (do blog Diplomacia: uma perspectiva...) e ao Leonardo (do Sobrediplomacia). Fizemos um grupo de estudos, e eu sinto que abandonei ele.  Pude perceber como vocês são o máximo, queria muito que fôssemos colegas :D! Não queria decepcionar vocês, mas, como a maioria não estava rendendo, também não me senti culpada. Então, me permiti parar. Mas estou à disposição para tentarmos outra vez :)!

Abaixo, deixo a música do Eminem e uma do Natiruts (de Brasília) para descansar e equilibrar a vida. Não é a toa que as religiões nos ensinam isso. E acho que somos burros ao tentarmos cada vez mais sermos máquinas e cada vez menos animais e naturais. Todo bicho gosta de uma vida tranquila, descanso, paz. Isso faz parte da nossa natureza, não temos por que eliminar isso.

Para finalizar de vez o post, parabéns aos novos diplomatas! Tem gente ali que me encheu de orgulho, me ensinou muito, mesmo que com a observação. Obrigada por me permitirem um pouco dessa alegria :D!


Abraços e fighting!

sábado, 5 de abril de 2014

Quero desejar a todos os CACDistas uma boa prova, amanhã! Que tenham paciência, força e sabedoria, e que nossos HDs funcionem ao máximo :P!
 
Saibam que esquecimentos, dúvidas, medos e ansiedades fazem parte da vida da maioria das pessoas nesses momentos, mesmo que muitos neguem ou escondam...vcs não estão sós!
 
Que façamos o nosso melhor!!! E que segunda feira comece com todo o gás!
Quem achar que terá que tentar novamente em 2015, pode deixar comentário ou mandar email para participar do grupo de estudos punk que estamos organizando. Queremos começar logo!
Abraços,e deixo essa música, que me alegra muito :)!

 
Wake up kids
We've got the dreamers disease
Age 14 we got you down on your knees
So polite, you're busy still saying please

Frienemies, who when you're down
ain't your friend
Every night we smash their Mercedes-Benz
First we run; and then we laugh till we cry

But when the night is falling
and you cannot find the light
If you feel your dream is dying
Hold tight

You've got the music in you
Don't let go
You've got the music in you
One dance left
This world is gonna pull through
Don't give up

You've got a reason to live
 Can't forget
we only get what we give
Four a.m. we ran a miracle mile
we're flat broke
but hey we do it in style
The bad rich
God's flying in for your trial

But when the night is falling
and you cannot find a friend
You feel your tree is breaking
Just then

You've got the music in you
Don't let go
You've got the music in you
One dance left
This world is gonna pull through
Don't give up
You've got a reason to live
Can't forget
we only get what we give

This whole damn world can fall apart
You'll be ok, follow your heart
You're in harms way I'm right behind
Now say you're mine

You've got the music in you
Don't let go
You've got the music in you
One dance left
This world is gonna pull through
Don't give up
You've got a reason to live
Can't forget
we only get what we give
Don't let go
We feel the music in you

Fly high
What's real can't die
You only get what you give
You only get what you give
Don't give up
Just don't be afraid to live
 

Abraços,e fighting!

domingo, 30 de março de 2014

Olá a todos! Desculpem-me o afastamento, que se justifica pela falta de tempo nesse último mês. Além do TPS, questões pessoais tem exigido muita concentração de mim. Saibam que não estão sós sofrendo com a ansiedade, angústias, medo, desânimo e cansaço pré-TPS, mas precisamos nos reerguer :).
 
O blog não parou; continuo a responder e-mails e comentários, portanto, sintam-se a vontade para interagir :)! Também estou tentando me reorganizar para esse ano (esse devir eterno), e espero atuar melhor aqui.
 
O Leonardo, do Sobrediplomacia e eu estamos tentando organizar um grupo de estudos "punk" para quem realmente quer passar em 2015; se alguém tiver interesse, envie um e-mail ou deixe um comentário. Divulgaremos maiores informações após o TPS.
 
Deixo uma reportagem que vi no Yahoo para nos motivar nessa difícil caminhada. É para lembrar o que fez com que muitos sonhassem e lutassem pela diplomacia. Se não for por nós, que seja por eles, mas isso tudo valerá a pena.
 
Abraços e fighting!
 
Mais de 10 mil crianças já perderam suas vidas desde que o confronto entre forças do governo e rebeldes começaram na Síria. No total são 4,2 milhões de meninos e meninas afetados pela violência e falta de serviços básicos.

Além disso, perdem familiares, suas casas e seus amigos em uma situação que tem deixado a Unicef em estado de alerta. Por conta disso, a instituição colocou no ar uma campanha que pretende recolher 1,2 milhão de assinaturas para acabar com a guerra na Síria.
 
Em outra imagem impressionante, três meninas fazem suas lições no meio da rua porque fazia menos frio do que dentro das salas de aula. Junto delas, um homem que participa da guerra está apoiado em seu fuzil. Uma das maiores preocupações da Unicef é a perda da infância para essas crianças (Foto: Niclas Hammarström)
Dania é uma dos rostos que imortalizaram a figura infantil em meio à guerra na Síria. Ferida, ela tem apenas 11 anos e foi atingida enquanto brincava na rua com seus irmãos, testemunhas do tiroteio aos 6 e 2 anos. Ela conseguiu sobreviver, se recuperar e viu o hospital no qual se curou ser bombardeado meses depois de sua saída. Sua foto foi eleita a melhor de 2013 pela Unicef (Foto: Niclas Hammarström)
Com a referência da guerra em suas cabeças, as crianças a transformam em diversão. Essa imagem retrata um garoto que brinca com um pedaço de madeira em forma de metralhadora (Foto: Niclas Hammarström)
Brincadeira é coisa rara para as crianças da Síria. Bonecas, bola e outros brinquedos acabam sendo destruídos e ficam em meio aos escombros. Além disso, as crianças não têm acesso aos serviços básicos de saúde e educação e são testemunhas de violência constante e exarcerbada (Foto: Niclas Hammarström)
 
Alladín é criança, mas tem o olho de adulto e as mãos negras de tanto trabalhar. No momento desta fotografia, trabalhava recolhendo capsulas de balas. Uma profussão um tanto quanto perigosa, já que a realiza nas redondezas de tiroteios e bombardeios. É a forma que ele tem de ajudar sua família a ganhar pouco dinheiro (Foto: Niclas Hammarström).
 
Outra grande preocupação da Unicef são as crianças enquanto refugiadas. A ausência da figura de um lar, de uma referência desse tipo é preocupante para seus desenvolvimentos. Essa imagem retrata uma família deixando uma cidade fantasma, destruída após bombardeio (Foto: Niclas Hammarström).

 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Achei legais esses reclames e, de alguma forma, pertinentes ao assunto do blog. Talvez alguém já tenha visto.


Abraços e fighting!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Mais uma de motivação, desta vez, um vídeo da TAM. Acho que muitos aspirantes a diplomata tem algo em comum com muitos aspirantes a carreira na aviação: a vontade de conhecer o mundo, de ter contato com várias culturas, uma vida um tanto dinâmica e ajudar aos outros.
Porém, nunca achei vídeos de pessoas que venceram o CACD falando com tanto amor sobre a carreira. Talvez porque é uma carreira pública, mas também pode ser porque as pessoas achem inadequado à profissão se expressar dessa forma. 
Queria encontrar algo assim, ultimamente achei uns textos que me deixaram um tanto desmotivada, falando sobre excesso de burocracia ou de um estilo de vida longe do de muitos candidatos, que vieram do interior ou tiveram vidas muito simples. Creio que, felizmente, isso está mudando, sobretudo com os incentivos do governo, e que, cada vez mais, a diplomacia será uma profissão para o que deve servir, no mundo atual: tratar, sobretudo, de melhorar o país e a vida das pessoas. Afinal, o que é um Estado sem pessoas?
Antigamente, a carreira do Diplomata era muito mais próxima a uma ideia de elite e aristocracia, até porque o Estado não servia ao povo. Às vezes me parece que ocorre como a situação que visualizamos nas carreiras jurídicas, sempre estando atrás da sociedade; isso faz com que muitos pensem que é algo só para quem tem sobrenome e uma vida de luxo. Mas o diplomata é um funcionário público como outro qualquer, pago com o dinheiro do povo, e que se prontifica a trabalhar para as pessoas, através do governo. 
Cabe aos que ingressam na carreira construir essa relação.

Ah, coloquei uma página sobre morar em Brasília. Falta ainda (da enquete do ano passado) acabar as dicas de leitura, e acho que farei uma página sobre o concurso. Porém, construí-las demanda tempo, pesquisa e paciência, então, não prometo que ocorrerá logo :/.

Abaixo, segue o vídeo. Espero que ajude a quem tem dúvidas e momentos em que temos vontade de desistir. Os funcionários mostram como vale a pena lutar por uma carreira pela qual sonhamos, como é bom fazer aquilo que você gosta, para o que se esforçou tanto e conseguiu. Mas também mostram que, da mesma forma que nós, há dúvidas, dificuldades, e apreensões, que devem ser vencidos.


Espero que gostem!

Abraços e bons estudos! Fighting!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Já saiu a nomeação oficial dos novos diplomatas:

D.O.U com as nomeações
Como eu havia comentado com o Leonardo do Sobrediplomacia, eles deixam de ser nossos concorrentes, e passam a ser inspiração. Parabéns à todos, fico muito feliz sempre que vejo as novas listas; mesmo sem conhecer ninguém, é muito bom saber que as pessoas estão realizando um sonho pelo qual tanto lugaram, e que, finalmente, essa difícil maratona chegou ao fim.

A nós, resta nos inspirar e nos esforçar :). Desculpa à todos pelo meu sumiço, mas acho que já disse, recém acabaram as "tretas"da faculdade, há pouco que estou com tempo, e quero aproveitar ao máximo, por isso o blog anda meio abandonado.

Ademais, o final do ano é uma época um tanto difícil. É difícil quando a gente olha para trás e vê que não progrediu do jeito que gostaria. Vê o quanto queria ter feito e não conseguiu fazer, as metas não realizadas, os percalços. Há evoluções, há coisas boas, mas, mesmo assim, quando se quer uma mudança de vida, os erros se sobressaem aos acertos, na nossa avaliação. E, quando se olha para frente tendo noção dos desafios, das dificuldades e das incertezas, isso fica mais complicado. Acredito que muitos estão passando por isso. É complicado ir celebrar com a família quando se fica pensando no livro que deveria ser folheado, as notícias que precisam ser lidas, ao mesmo tempo que se tem a saudade e a vontade de celebrar com aqueles que gostamos.

São desafios da vida, e precisamos superar. Nesses momentos, aconselho àqueles que passam por isso a acompanhar os depoimentos de concurseiros que superaram essa etapa, ou a ver vídeos de superação. Precisamos acreditar e encontrar forças. Não gosto de ver para pegar metodologia e dicas, pois acho isso muito particular, mas para ver que as pessoas que conseguem são gente igual a nós, com dificuldades, limitações, dúvidas, erros e, finalmente, acertos. Neste site tem depoimentos de aprovados em vários concursos. Se fizermos a nossa parte, iremos conseguir :).

Deixo esse vídeo, de uma história de alguém que lutou e conseguiu.


A Lívia, entrevistada do vídeo, fez um comentário, o que achei muito bacana e importante:






Abraços à todos, fighting e espero aparecer antes de 2014 :o).

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013


Achei essa foto do Mandela quando era jovem. Nessa época, creio que ele nem pensava que mudaria o mundo, que seria uma inspiração, um exemplo, uma pessoa tão importante. Mas também não sabia dos desafios que iria enfrentar.
Gostaria que ficasse de inspiração, para todos que estão nessa jornada difícil. Mandela nos mostra que devemos acreditar, insistir, seguir em frente, acima de tudo, com sabedoria, pois vale a pena lutar por nossos sonhos, principalmente se são para o bem.
Além de tudo, ele é um exemplo para quem quer ser diplomata, como um profissional ímpar, com uma conduta exemplar, com uma sabedoria e sensibilidade incrível. Como pessoa, creio que é alguém para nos inspirar.

O mundo perdeu uma pessoa muito ilustre. Mas tivemos a felicidade de termos ele dentre nós, de ter o exemplo de Mandela e a sua dedicação. E, acima de tudo, creio que devemos sempre agradecer por ele ter sido quem foi.

Abraços a todos, e não esmoreçam. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Trilha sonora :)

Uma das coisas que me faz ter tanta vontade de seguir a diplomacia é acreditar que isso proporciona que conhecemos a diversidade do mundo. Acredito que, dependendo da função em que se atua, o diplomata pode ter contato real com as pessoas, costumes e culturas. Além disso, creio que é criada certa facilidade para nos tempos de folga viajar e conhecer um pouco mais sobre locais e culturas curiosos.
A maioria das pessoas já tem definido o que quer fazer, os locais em que sonha trabalhar e os países em que gostaria de viver. Eu não. Eu quero seguir a diplomacia para viver em qualquer lugar, mesmo os mais remotos e difíceis. E gostaria de trabalhar com pessoas, diretamente, se possível (sonho, sequer passei no concurso >.<). Eu não sonho em morar na Europa, nos lugares mais "desenvolvidos", cidades mais bonitas e mais luxuosas, e ter contato com as "mentes mais importantes" (algo que acho muito controverso, já que muitas pessoas das mais incríveis são anônimos e subjugados). Aliás, não entendo quem pensa "até na África", a África é incrível!
Eu gostaria de morar nos países mais curiosos, mais diferentes e poder conhecer as pessoas, as suas culturas, ideias de vida, e como fazem para superar isso. Talvez porque, de uns tempos para cá, aprender a superar é uma constante na minha vida. E a impressão que tenho é que isso sempre vai me acompanhar, a cada dia, a cada ano, aprender a viver, a ter paciência, a compreender. E não há melhor maneira de aprender isso do que com as pessoas simples que tem que viver o dia-a-dia. Aliás, as culturas diferentes, crenças e costumes nos ensinam um pouco sobre conceitos de mundo, e, como se fossem um quebra-cabeça, o contato com cada uma delas nos faz ter "revelações" parciais do que é esse universo.
Acho fascinante a ideia de exploradores urbanos, pessoas que trilham caminhos "sagrados" a pé, aventureiros que fazem trilhas, quem supera seus limites para conhecer o fundo do mar ou os lugares mais altos do planeta. Essas experiências não precisam ser compartilhadas na internet (ao contrário do que a maioria faz, querendo exibir viagens luxuosas), porque o que importa é o quanto elas nos transformam, o quanto aprendemos sobre o que é a vida, e sobre o mundo; que na verdade, tudo é parte de uma "grande bola flutuante no universo".
Eu acho que isso é um pouco da diplomacia; é descobrir, superar, desafiar e tentar unir, unir as pessoas, aprender com elas, e progredir, cada um progredir com o que o outro tem a ensinar...

Esse ensaio, que vi na BBC, mostra um pouco como os locais remotos e as culturas distantes são as mais fascinantes. Creio que ainda guardam muito da essência do mundo e da humanidade (se é que existe isso), ao contrário do nosso mundo frenético, tecnicista e virtual (e falso também). Se virarmos diplomatas, teremos sorte de poder resgatar um pouco disso. Isso me inspira a seguir em frente. Acredito que isso é uma das "bençãos" de passar no concurso, e, considerando o que estudamos sobre a diplomacia brasileira, teremos a sorte e a honra de poder vivenciar e ajudar a construir.

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'Antes que morram': fotógrafo capta diversidade de tribos indígenas no mundo
BBC
As tradições e costumes das poucas tribos indígenas remanescentes do planeta foram documentadas pelo fotógrafo britânico Jimmy Nelson, que as reuniu no projeto "Before They Pass Away" (Antes que elas morram, em tradução livre).



Entre as tribos retratadas estão nativos seminômades cazaques, do oeste da Mongólia - um deles é visto na foto acima durante a temporada de caça.



Papua Nova Guiné ocupa o leste da segunda maior ilha do mundo e está sujeita à atividade vulcânica, a terremotos e a grandes ondas. Em termos linguísticos, trata-se do país mais diverso do mundo, com mais de 700 idiomas nativos. Muitas das tribos retratadas por, como Huli, Asaro e Kalam, vivem isoladamente no montanhoso interior da ilha e têm pouco contato entre si ou com o mundo exterior.



Chukotka, no extremo nordeste da Rússia, é uma região extremamente remota, às margens do estreito de Bering e do círculo Polar Ártico. Moram ali 68 mil pessoas, sob um rigoroso inverno de temperaturas de até -40ºC. Acima, os chukchi, uma das tribos habitantes da região, dentro de um abrigo.



A Nova Zelândia é dominada por dois grupos culturais: os de ascendência europeia e a minoria maori, cujos ancestrais polinésios chegaram às ilhas neozelandesas cerca de mil anos atrás. Os primeiros europeus a chegar ali ficaram espantados pelos desenhos nos rostos e corpos dos nativos. Os rostos dos homens costumam ser marcados da testa ao pescoço, semelhante a uma máscara e servindo como forma de provar a virilidade do guerreiro.



O antigo reino de Lo - agora conhecido como Alto Mustang - costuma ser descrito como a mítica Shangri-lá escondida do Nepal, por ser um local remoto e isolado do mundo exterior. A região é um dos poucos lugares onde a cultura tibetana permanece intacta. Até 1992, era totalmente fechada para turistas. Acima, a tribo Lopa, em Mustang.



O gaúcho é o equivalente argentino ao caubói americano - espíritos livres que percorrem os pampas, cuidam do gado e não são subordinados a ninguém.



Grupos nômades, vivendo às margens da sociedade no Chifre da África, vivem sob pressão e temem que seu estilo de vida tradicional esteja a perigo. A tribo mursi, pastores na região Omo do Sul, na Etiópia, é um desses grupos.



Os Rabari são uma das sociedades mais reclusas e tradicionais da Índia, famosos por sua robustez e pelos incríveis bordados que criam. As mulheres da tribo chegam a passar anos costurando itens de seu dote.



As ilhas Vanuatu obtiveram sua independência da França e da Grã-Bretanha em 1980. A maioria das cerca de 80 ilhas são desertas; algumas têm vulcões ativos. A terra é muito importante para os indígenas ni-Vanuatus (vistos acima perto de um vulcão) e uma parte significativa de sua cultura.



Pastores de renas da tibo Nenets habitam a península Yamal, no Ártico russo, há mais de mil anos. Hábitos do século 21 parecem muito distantes deles, mas muitos têm celular, motos especiais para a neve e geradores. Os pastores se opõem à chegada do desenvolvimento em sua região com medo de perder mais de suas terras pastorais, de onde tiram o alimento de suas renas.


Site do projeto (com fotos incríveis): http://www.beforethey.com/
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Abraços, bons estudos e fighting! ;)


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Um gif legal que achei em um site, por aí...

:)

Abraços, bons estudos e fighting!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ouvi um comentário esses dias que me fez refletir que, muita pessoas, diferentemente de mim, podem ter ficado bem tristes após o CACD desse ano. Eu não fui bem, mas de qualquer maneira, a prova me deu mais vontade de estudar.
Ouvi, também, muitos comentarem que ficaram por um ponto ou por um décimo fora da continuidade desse certame. Há muitos outros que conheço que já chegaram até a quarta fase, e desta vez, não passaram da primeira. 

O CACD é um concurso difícil; um dos mais difíceis do país, pelo que se fala. É exaustivo, e feito em um momento em que a maioria quer melhorar a vida. Além disso, ele não trata apenas de oportunidades: um salário melhor, estabilidade; mas de um sonho. Ele mexe muito conosco. É o sonho de uma carreira e um estilo de vida, a mudança de paradigmas (para a grande maioria de simples mortais, muitos que nunca viram um(a) diplomata). Porém, como toda "grande ambição", é algo que demanda muito esforço, muita superação e muita perseverança.
Atualmente, vemos pessoas serem consideradas vitoriosas por qualquer coisa. Qualquer um vira capa de revista por ter um padrão de beleza, vai aos programas de TV por ter feito um escândalo, ganha milhares de reais por ter saído com a "pessoa certa" ou consegue vantagens na profissão de forma duvidosa. A internet nos faz mais infelizes, e pesquisas mostram isso: o Facebook causa uma sensação de que somos um fracasso, enquanto todos à nossa volta conseguem tudo, e de maneira fácil. E nós, simples humanos com os pés no chão, que não nascemos com a "bunda virada para a Lua" (e talvez a única "superstição" - se é que pode se chamar assim - em que eu acredito seja a dicotomia sorte x azar), nadamos, nadamos, e acabamos afogados na beira da praia. Conheço, sim, pessoas que tem muita, mas muita sorte. Gente que não precisou mover um dedo para conseguir coisas para as quais eu tive que mover o mundo. Eu, aliás, me considero bem sem sorte: só para ter ideia, estudei três anos (durante o Ensino Médio) com muito afinco para passar em último na faculdade, direto do colégio enquanto a maioria dos meus colegas estudou um ano ou vez um intensivo.


Paciência. É preciso saber o quanto é preciso nos esforçarmos para conseguir o que queremos. Eu estudei três anos para o vestibular; certamente cansei muito mais que a maioria, mas consegui entrar na faculdade. Era isso que eu queria, e fiz o que eu precisava para conseguir. Não me importava sobre como cada um se organizava ou quantos exercícios faziam. No final das contas, da minha sala (de um colégio que era exclusivo para isso), creio que uns 10% entraram para os cursos que queriam. Na realidade, percebi que a maioria dos meus colegas talvez fosse como eu, só que não se esforçou tanto quanto precisou. Os que passaram foram os que foram até os seus limites e as suas necessidades. Isso não implica nunca sair, tirar um feriado (meu caso). Mas, em alguns casos, levar um livro para estudar um pouco no feriado, ou intensificar a rotina para compensar na volta. Eu tive uma colega que ia em todas as festas, mas era muito organizada e disciplinada. E ela passou comigo.
Não sigo muito a metodologia de livros "Como passar", embora eu goste das dicas. Mas não consigo manter um cronograma, até porque não tenho rotina.
E não estou - de jeito algum! - condenando quem não conseguiu passar até então (e quem sou eu para fazer isso :P). Apenas alertar que, às vezes, isso ocorre reiteradamente porque fazemos as coisas da maneira errada. Não corrigimos os métodos adotados, ou nos prendemos à "realidade" dos outros - e com o Facebook isso virou um GRANDE problema. Isso acaba nos prejudicando e sufocando. E nos pegamos pensando: "afinal, não é para mim, porque não sou especial. Quem passa é quem pode". Reiteradamente, pessoas me dizem que é preciso estudar MUITOS anos para o concurso, muitos mais do que eu poderia. Mas sei que tem quem consegue com um prazo menor. 

O que essas pessoas fazem? São abençoadas? A maioria é igual a nós. Apenas, talvez, não seguiu os conselhos de "iniciar pensando em 3 ou 4 anos". Talvez fez tudo o que podia dentro do tempo que pôde, e conseguiu (veja a " FAC do Candidato a Diplomata" , por exemplo). Ninguém precisa ser "especial" para isso. É preciso, apenas, perseverar. E ser sincero consigo, saber o quanto se dedica, o quanto está fazendo para atingir o objetivo. Vejo que muita gente age como no Facebook: engana os outros, falando que estuda um tempo que não é verdade, e engana a si, porque a única pessoa prejudicada é ele/ela mesmo/a. 
Talvez esse texto pareça desmotivador e um puxão de orelha, mas ficarei triste se for interpretado assim, não é o objetivo. É apenas mostrar que coisas que parecem impossíveis não o são, na realidade. Tudo depende de nós. Eu acredito nisso. Não dou muito ouvido aos outros. Acredito que posso passar em "x" tempo, que posso fazer o que eu quiser. E acredito que qualquer um possa. Porque, no final das contas, o que importa é o que fazemos, a nossa dedicação. Muita gente muda de vida, sai do zero e atinge coisas impensáveis - segundo o senso comum - para si. Se algo está dando errado, talvez é porque ainda não fizemos o necessário. Não é culpa nossa, às vezes é preciso alguns erros. Mas, se aprendemos com eles, e fizermos o que pudermos, creio que conseguimos. 
Por isso, não desanime. Se esforce; você conseguirá. Provavelmente, é o que foi feito por quem conseguiu.
Essas frases eu procurei para mostrar a reflexão de outras pessoas sobre sucesso. Não sei se esses são realmente os autores, dado que, muitas vezes, a autoria é trocada. Mas o que importa é a mensagem. Abaixo está os sites de que as retirei.


"Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos."

Friedrich Nietzsche
É preciso acreditar que podemos. Não somos diferentes de ninguém; talvez não tenhamos tanta sorte. Mas isso faz com que tenhamos mais perseverança.

"Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho."


Thomas Jefferson
Às vezes, a sorte não decorre do acaso, mas do quanto nos esforçamos para conseguir algo. Muitos que pensamos atingir seus objetivos "por sorte" na realidade trabalharam arduamente para conseguir isso.

"Fracasso: Alguns poucos erros de julgamento repetidos todos os dias. Sucesso: Algumas simples disciplinas praticadas todos os dias."
 E. James Rohn 

"Se você foi bem sucedido, pergunte a si mesmo porque, e tente repetir a ação. Se você fracassou, pergunte a si mesmo porque, e aprenda com a experiência."
Dale Carnegie
Se erramos, devemos identificar o problema e corrigi-lo, afinal, persistir no erro não trará êxito. Além disso, para conseguir ser bem-sucedidos, precisamos nos esforçar, ter disciplina. 

" Sucesso parece ser em grande parte uma questão de continuar depois que outros desistiram."
William Feather
Acredite em você. Não dê ouvidos aos que querem que você desista, sem ao menos tentar de novo. Siga em frente. 

" Eu preferiria ser um fracasso em algo que amo do que um sucesso em algo que odeio."
George Burns
A maneira como as pessoas e os fatos são expostos fazem com que os outros cobrem de nós um "sucesso em tudo", sem ao menos saber o que queremos. Julgamos a vida dos outros, sem ter ideia se estão bem ou não com suas escolhas. Temos hierarquias para tudo, de modo que certas coisas - e somente elas - são boas, e outras ruins. Mas o importante é saber o que você quer, lutar por aquilo e ser feliz com a sua escolha. É preferível ter uma vida simples e feliz, do que uma vida cheia de glamour e frustrante. É preferível trabalhar bastante e não ter um chão do que viver trancado em um lugar, sem mobilidade, se você não gostar disso. Procure fazer o que você gosta, e não dê ouvidos à opinião dos outros; "cada um sabe a dor e a alegria de ser quem é".

Por fim, indico que assistam a esse especial do "Globo Repórter". Não gosto do programa, mas esse é motivador. Pessoas que julgamos mal, que atribuímos preconceitos, são "predestinadas" mas que acreditaram em algo e se esforçaram para isso. É possível mudar, melhorar, ser quem você quer. Os vídeos são curtos e bem aprazíveis. Aqui, coloquei apenas um, mas os outros tem o link em seguida (ao vídeo). O mais importante é não esquecer da nossa essência: quem somos, o que somos/fomos e o que fizemos para isso. E lutar para conseguir o que se quer, ter paciência, perseverança, respirar fundo e se dedicar.



Abraços, bons estudos e fighting!

Frases de: Webfrases e Pensador


sábado, 14 de setembro de 2013

O que te inspira a acordar cada dia com um objetivo fixo na cabeça? O que te inspira a aguentar estudar naquelas horas em que o sono já pegou pesado há tempos? O que te inspira a investir dinheiro, tempo, juventude para alcançar um objetivo? O que te inspira a usar o tempo precioso em um projeto tão difícil? O que te inspira  a querer ser diplomata?



Eu já falei algumas vezes aqui sobre o blog dos Jovens Diplomatas. Isso me inspira. Os jovens diplomatas. Aqueles que, iguais a nós, enfrentaram toda essa barra por um sonho muito distante, na maioria das vezes. Que ousaram se aventurar por caminhos tortuosos, mergulhar no desconhecido e apostar muitas fichas nisso. E que nos mostram que isso vale, sim, a pena.

Quem não acompanha o blog, sugiro que comece a ler. Além de geniais e aprazíveis, as leituras dão ânimo, geram conhecimento, emoções. E não são muito frequentes, o que não tomará muito tempo, rsrs...

Em especial, quero citar aqui as postagens do jovem diplomata Eduardo Mello. Não sei nada a respeito dele, além do que acompanho no blog hehe. As postagens recentes do diplomata Eduardo falam sobre o tempo em que viveu em Guiné Bissau, as emoções, os desafios, as esperanças; acompanhadas de belas fotos, poesias, descrições. Falo dele em especial aqui porque no dia 11 ele publicou o "final" de sua saga em Guiné, já que, ao que me parece, ele mudará de país. Ainda aguardando a autorização do autor (rsrs), literalmente copiei e colo o texto para vocês lerem, se emocionarem, se arrepiarem, com cada palavra... e sentir aquela inspiração, o sonho, o amor possível de uma carreira encantadora. Acho que essa postagem de Eduardo Mello transparece o que muitos de nós sonhamos com a diplomacia, o que nos move a lutar a cada segundo por alcançar esse objetivo. E, claro, para mim ele é uma grande inspiração.

Tomei a liberdade de por uma música para quem quiser ouvir junto com o texto. Mas é de meu gosto, espero que descubram (ou relembrem) uma música legal. Mas se não gostarem, compreenderei totalmente.

Desfrutem, e inspirem-se.

Abraços e bons estudos.



A última brisa de Bissau

Nota nº 2
Situação na Guiné-Bissau
04/01/2012
O Governo brasileiro acompanhou com preocupação os acontecimentos ocorridos na Guiné-Bissau, em 26 de dezembro de 2011, que provocaram a morte de duas pessoas.
Como país amigo e na qualidade de Presidente da Configuração da Comissão de Construção da Paz (CCP) para a Guiné-Bissau das Nações Unidas, o Brasil tem se coordenado com as autoridades da Guiné-Bissau para promover reformas internas naquele país e colaborar para a superação de seus desafios político-institucionais.
O Governo brasileiro associa-se à União Africana em sua manifestação de apoio à Guiné-Bissau e de engajamento permanente em acompanhar os esforços que visem a consolidar a paz e a estabilidade, além de promover o desenvolvimento sustentável na Guiné-Bissau.
O Governo brasileiro seguirá acompanhando os desdobramentos da situação na Guiné- Bissau, em coordenação com os demais membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e tendo presente a ação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). 
* * *
A revoada dos flamingos tinge de preto, de rosa, a idílica aurora de Orango. O mar escuro, sonolento de amanecer, recorda seus tons de verde com o nascer do sol. O barco, as lembranças, contornam a praia, adentram o r que, serpente, levará ao coração da ilha.
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* * *
As semanas anteriores não haviam sido fáceis. Adrenalina, tensão, medo. Saliu avisara, a situação não estava “nada boa”: a Fortaleza de Amura, sob ataque; o paradeiro do Primeiro- Ministro e do Chefe das Forças Armadas, desconhecido; o Presidente incomunicável e sob tratamento médico na França. Saliu dirige com cautela, consulta suas fontes, “kal kii kaminhu mais seguro, há barreiras”. Cruzam tropas, patrulhas militares, em direção a Amura.
Bissau, normalmente sonora no início da manhã, prende a respiração, procura saber o que está ocorrendo. Há muito por fazer: informar Brasília e aguardar instruções; manter o alerta na Embaixada; proteger a Diplomatriz – e ainda a Sogra, que desta vez veio pessoalmente defender a filha. Precisamos aconselhar os brasileiros que aqui estão a serviço, manter o fluxo de informações. “Chefe Edu, Brasília tchomau, ligação de Brasília”, diz a Odete. “Secretário, estão perguntando se a situação é grave”, diz a Glória, sobre os brasileiros residentes que telefonam para nosso Setor Consular.
Ouvem-se tiros e explosões esparsas. Odete ajuda a monitorar o ritmo nervoso das rádios, Sampaio fica de prontidão para o envio de telegramas. Assim como outras representações diplomáticas, a Embaixada é cercada por militares, para impedir tentativas de asilo, como explica em Crioulo o soldado que ostenta um lança-foguetes à porta do Centro Cultural. E quem está no comando? Silencia.
Chega o entardecer, esquecidos almoços e amenidades. O Governo eleito retoma o controle e convoca reunião com o Corpo Diplomático. “Eduzinhu, Mariano sta dja na karru, bu misti bai Palácio di Guvernu, reunion di tudu Imbachadores ku Chanceler gora, kinti-kinti”. Saio apressado, não sem antes roubar-lhe umas castanhas torradas.
O toque de recolher é implantado e permanecerá toda a semana. A tensão, também: mais tiros, mais explosões durante as longas noites, perseguições, algumas mortes. O Chefe da Marinha, Bubo Na Tchuto, é preso sob a acusação de liderar os golpistas. Causam apreensão os boatos de um novo ataque, vindo do interior, e com maior intensidade, para libertar Bubo. Na linha de frente da cobertura jornalística, o blog Ditadura do Consenso.
* * *
Como em 2010, cancelamos os ambiciosos planos de Ano Novo. Restaurantes fitchadus, festas canceladas. A circulação é limitada durante a noite, as Forças Armadas mantém alerta máximo. A Diplomatriz e a Sogra improvisam uma ceia, com bravura e não muito sucesso. Se no ano passado o Reveillon foi solitário na Embaixada, neste ano é com a Sogra em um pequeno quarto de hotel… Mas sejamos otimistas!, estamos no mesmo fuso do Reino Unido, coloca aí na Al-Jazeera English, guria, vamos comemorar com as multidões de Londres e Edimburgo, ânimo!
* * *
O Embaixador antecipa o retorno das férias, o que permite um fim de semana de folga. Tomamos a avioneta para Rubane, sob os receosos protestos da Diplomatriz. A destemida Sogra, por outro lado, sorri ao sobrevoar as ilhas, contempla as compactas palmeiras e diz sentir-se o Indiana Jones.
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O estresse, a falta de ar, o nervosismo daqueles dias, tudo desaparece ao despertar no bangalô, ao som da maré. Espreguiço-me na varada à beira d´água, começo a desfrutar do silêncio, do ar puro, quando a Sogra, no bangalô vizinho, grita sucessivos “bons dias”…
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* * *
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O Presidente Malam Bacai Sanhá falece em Paris. Da etnia mandinga, era considerado fator de estabilidade e respeitado por diferentes setores – políticos, militares, religiosos. Sua morte abre novo foco de instabilidade em espaço “neutralizado” até 2015, quando findava o mandato. Convocam-se eleições, a serem realizadas em até 90 dias, como manda a Constituição. Muitos pressentem nova fase de perigosa confrontação política. A um povo, às vezes, falta mesmo sorte.
É o que se debate no jantar de despedida oferecido pelo Embaixador. Para esse evento, tradicional e quase protocolar, confraternizamos com os mais significativos amigos locais e estrangeiros, feitos por ocasião do trabalho. A lista começa, naturalmente, com João e Sadjá, diplomatas guineenses, colegas intercambistas no Rio Branco. Johann e Cláudia, da África do Sul; Víctor, da União Européia; Luis, de Angola; Luis Vaz Martins, da Liga Guineense de Direitos Humanos; Alexander e Irina, diplomatas russos; Gorka, o basco da Unesco; o Cônsul da Índia; Iancuba Indjai, conselheiro de Defesa da Presidência, ausente por conta da campanha eleitoral.
Como retribuir as palavras do Embaixador, e as amizades tão marcantes quanto fugazes?Por discrição, o Embaixador pouco foi mencionado nestes relatos. Não seria necessário dizer que eles somente foram possíveis por conta do excelente ambiente de trabalho proporcionado pelo Embaixador. Pelo voto de confiança. Pelo modelo de dedicação e companheirisimo, sempre de portas abertas a todos, o Embaixador. Habilidoso na diplomacia, “cartesiano” no proceder, cordial mesmo nas dificuldades, o Embaixador. Chefe e amigo, o Embaixador Jorge Kadri.
* * *
No feriado de Carnaval, despedimo-nos das ilhas Bijagós. O pouso em Bubaque exige prévio rasante, para alertar as crianças e os animais. De lá, duas horas de lancha até Orango, sobressaltados – assustados – com a maré alta, as ondas, as duchas. No limite do arquipélago, pouco habitada, Orango é a maior das ilhas.
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O vento, selvagem, revolve o mar. Na tabanka de Etinhoque, o Régulo veste os melhores panos em seus improváveis 86 anos. Mostra-nos a escola, em cujas paredes lê-se “A escola é ser alguém na vida”, “A escola é a igualdade”. Leva-nos ao interior do mausoléu da Rainha Okinka Pampa, recordada por negociar com os portugueses no início do século passado. Meninas, crianças, aparecem e correm em nossa direção, abro os braços, mas todas procuram a Diplomatriz.
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Sob mosquiteiros, sonhamos com o dia seguinte. O amanhecer é de flamingos em um banco de areia, alçando voo com a aproximação do barco. Retornamos à costa e ingressamos no rio que leva ao Parque Nacional de Orango, em zigue-zague, rumo ao centro da ilha. Atravessamos manguezais, mato cerrado, percorremos longa trilha na savana, em meio a árvores de onde nos observam ressabiados macacos. Começam a aparecer as marcas de gigantescas pegadas na vegetação.
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Alcançamos a outra tabanka da ilha. Em respeito à tradição, pedimos ao Régulo permissão para avistar os animais. Belmiro, o guia, reitera ser baixa temporada, podemos não ver nada, mas os olhos arregalados da Diplomatriz denunciam a enorme expectativa. Faz muito, muito calor, ele pede silêncio e cuidado, “não se mexam, já volto”. Retorna com um largo sorriso, beijando os dedos, com satisfação, sussurro-grito: “venham, VENHAM VER!”
Na lagoa, os famosos hipopótamos de Orango, treze adultos, dois filhotes, observam-nos, pouco amigáveis. Mergulham, bocejam, abrem as enormes bocas em ruídos de ensurdecer. “Djubi, manga di pis-cavalu”, vem quantos hipopótamos, diz Belmiro. Os “peixes-cavalo” de Orango nadam e andam alguns quilômetros até o mar, toda noite, para que o sal tire as sanguessugas. Contemplamos, em silêncio e estado de gracias.
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* * *
A lembrança do retorno é aquela que, no futuro, mais se confundirá com o sonho. Agora na maré baixa, levitamos, deslizamos por um tapete verde-azulado, descobrindo as ilhotas que emergem por algumas horas do dia. Nos canais naturais entre Bubaque e Rubane, todos com nomes portugueses, o barco passeia, sinuoso, observado do banquete de frutos do mar que fazem os pelicanos, gaivotas e tantos outros.
Em Bissau, distúrbios de uma manifestação política causam confronto entre militares e policiais. Nessa época, começamos a embalar a mudança, a fazer as malas, a nos despedir. Reunimos no Auditório do Centro Cultural funcionários e amigos da Embaixada, dos projetos, das comunidades brasileira e guineense.
Entre discursos e agradecimentos, Claudiany avisa que a Suzana, funcionária do Centro, lerá carta dos funcionários do Centro, para a Diplomatriz. À medida que avança a leitura, ela começa a chorar, a chorar a cantos. Incha o rosto, soluça, chora descontroladamente, até que a retiro e levo-a para o toalete. Lá, com alegria, com tristeza, sente o peso do tempo, sente que naquele momento toda a experiência africana, pouco a pouco acumulada, começa a virar memória.
A Diplomatriz partiu no início de março, findada sua licença de trabalho. Levou, como nossa última lembrança, o show de Manecas Costa no Centro Cultural Francês, onde o auditório repleto cantou em coro “n` misti vivi”, “quero viver” (http://www.youtube.com/watch?v=z03Z6JBi0JU). A cada acorde, a sensação de que a saudade destes dias nunca passará. Nadar sob as centenárias mangueiras no fim de tarde. Ela, aprendendo “Bethena” ao piano. A cozinha improvisada, sinfonia de barulhinhos, de sons apaixonados em panelas e frituras, cheiros e temperos, com o “bis” na lavagem-malabarismo no chuveiro. A devoção ao Centro Cultural, a vontade de querer ajudar a todos. A dor de quem se ressente mais das injustiças contra o outro. A Diplomatriz partiu no início de março.
* * *
A cidade passou a viver o clima das eleições. Comícios, músicas de apoio dos principais grupos, discussões sobre o uso da máquina estatal e o financiamento das campanhas. O processo é organizado com apoio da comunidade internacional e coordenado pelo PNUD. A CPLP contribui com técnicos, logística e material de votação, fornecidos por Brasil, Angola e Portugal, respectivamente.
É de esperança o domingo 19 de março de 2012. Romântico eleitoral, passeio pelas ruas e testemunho a vibração das mesas de votação nas esquinas de Bissau Velho. Os cidadãos comemoram, vaiam e fiscalizam a contagem dos votos. As projeções iniciais apontam para segundo turno, e a lisura do
sufrágio é confirmada por todas as missões de observadores – União Africana, CPLP, União Européia, Reino Unido. Cinco candidatos, entretanto, convocam coletiva de imprensa para anunciar que não aceitarão os resultados – quaisquer que sejam.
* * *
Último dia. Desperto, mas não levanto, como se pudesse adiar o início da manhã. Das tantas vidas da carreira, sofro pela iminência da primeira morte. O tempo transcorre a contragosto, ao ritmo de conversas com hora marcada. As últimas brincadeiras com Sampaio, com João, companheiro de todas as horas. Recolho as coisas da sala, desligo o ar condicionado, fecho a janela, ao som de Basimanyana, de Vusi Mahasela. Despeço-me dos funcionários e do Embaixador, preparo-me para partir.
Não, não esqueci da Odete, nha mamé guinensi, minha mãe guineense. Na verdade, foi ela quem se despediu, bem mais cedo. Eu vinha ensaiando todo um discurso, mas Odete entrou às pressas na sala, presenteou-me com um pano de pintche do Amílcar, que decorará futuras casas. “Eduzinhu, nha codé, n` ka gosta di dispidida, ami triste tchiu, misti bai, Deus obrigadu  pa tudu, tudo de bom pra você”, disse, sem olhar. Sem dar chance para resposta, parte decidida, secando as lágrimas com as longas e finas mãos.
Agradeço aos funcionários do hotel, retenho os espaços do quarto, vazio há alguns dias. Victor e Gorka impedem que a espera pelo voo seja demorada, e convidam para uma última cerveja no Bistrô do belga – ánimo, hombre! É lá que me busca Saliu Sabi Sillá. Até o aeroporto, da sala de embarque para o avião, não há mais horas, são todos segundos. Na poltrona ao lado, última das saudáveis coincidências, senta-se Manecas Costa e conta a origem de “Nha Mamé”.
* * *
No dia seguinte, passeio pela feira da Naschmarkt, em Viena, onde se vendem algumas peças de artesanato africano. O ar é de primavera, o ambiente é de absoluta leveza, de absoluta disparidade. Como foi possível viver tantos anos sem conhecer a África, a Guiné?  Repete-se a recordação da decolagem rumo a Lisboa, Bissau distanciando-se com suas poucas luzes, que hoje bastam para identificar desenhos, ilhas, sotaques. E a recordação daquele passo, o último passo antes de entrar no avião, quando a derradeira brisa de Bissau acariciou-me a vida.
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