quinta-feira, 24 de outubro de 2013


As inscrições para a bolsa do programa de Ação Afirmativa estão abertas até 1° de novembro.  Conforme o edital:
2 DOS REQUISITOS BÁSICOS PARA A INSCRIÇÃO NO PROCESSO SELETIVO
2.1 Ser brasileiro nato, conforme artigo 12, § 3º, V, da Constituição Federal.
2.2 Ser afrodescendente (negro), condição a ser expressa por meio de autodeclaração.
2.3 Estar em dia com as obrigações eleitorais.
2.4 Estar em dia com as obrigações do serviço militar, para os candidatos do sexo masculino.
2.5 Haver concluído curso de graduação de nível superior, em instituição de ensino credenciada pelo Ministério da Educação (MEC), ou estar habilitado a concluir curso dessa natureza até o final de 2014.
2.6 Ter completado a idade mínima de 18 anos até a data da publicação do resultado final no processo seletivo.
2.7 Cumprir as exigências deste edital.
Serão concedidas 64 bolsas, no valor de 25mil R$, a serem desembolsados ao longo de 2014. Até aonde sei, os candidatos tem que prestar contas. Link da página do CESPE:  aqui.

Também já saiu o resultado DEFINITIVO da segunda fase, que pode ser conferido aqui. Quem quiser mais detalhes, recomendo a leitura do post do Sobrediplomacia a respeito do resultado, com análise numérica que nos faz concluir que vale a pena fazer recurso :D! Parabéns aos que continuam!

As provas da terceira fase começam neste final de semana (25), com as provas de História do Brasil (sábado) e Inglês (domingo). Não tenho qualquer palpite sobre essas provas, mas quem vai prestá-las certamente já tem se preparado. Tenham calma, respirem fundo, não entrem em pânico. Às vezes temos um "branco" e um pavor quando vamos começar a escrever, mas vá rascunhando, aos poucos as ideias vem. Já me aconteceu (na faculdade) te entrar em pânico, não lembrar nada na hora da prova, querer sair correndo chorando, mas respirei fundo e escrevi o que lembrava, e consegui tirar as notas necessárias. Você estudou, você sabe o que escrever :)!

Abraços, bons estudos e fighting!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Brasil tem grande proximidade com o continente africano. Devido à grande quantidade de escravos trazidos ao país nos tempos coloniais, muito dos traços humanos, palavras, religião, música, alimentação - da cultura africana, como um todo - é parte da identidade nacional do país americano. Ademais, as teorias geofísicas apontam que ambos faziam parte de um todo em tempos remotos.
Os esforços para aproximar as duas regiões vêm sendo traçados ao longo da política brasileira, mais especificamente no século XIX, com a libertação dos países africanos e quando o Brasil passou a ter postura independente em sua política internacional. Vale lembrar que, até 1822, a "nação Brasil" não existia, sendo que historiadores consideram o ano de 1830 como aquele em que o país começa a desenvolver identidades próprias.


No contexto da Política Externa Independente (governos de Jânio e Jango), o Brasil seguia a lógica do não-alinhamento (aos Estados Unidos). Nesse período, houve aproximação com a África. Em 1960, houve a abertura de embaixadas em Senegal, na Etiópia e na Costa do Marfim.

Entretanto, na época, havia dois problemas: o alinhamento com as ideias de Portugal (que ainda mantinha colônias no continente), e a falta de decisão do Brasil a respeito do colonialismo, postura que Sombra Saraiva chama de "zigue-zague", quando o Brasil passa a apoiar a descolonização, na década de 70.

Nos Governos militares, houve maior aproximação no período de Médici; o continente africano continua possuindo importância, havendo a tentativa de incluir a África na agenda da política externa brasileira. A partir de 1973 (Médici) o Brasil passa a criticar o colonialismo de Portugal. No governo de Figueiredo (79-85), houve a primeira visita de um Presidente brasileiro ao continente Africano, ao mesmo tempo em que o Apartheid era condenado.

Já na redemocratização, com Sarney, foi criada a ZOPACAS (Zonas de Paz e Cooperação do Pacífico Sul), no contexto da AGNU; um fórum de cooperação entre os dois lados do Oceano. Em janeiro de 2013, houve o VII Encontro Ministerial da ZOPACAS, em Montevidéu (confira a Carta). Conforme o Itamaraty:


"A ZOPACAS foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1986, por iniciativa brasileira. Integram a iniciativa, além do Brasil, os demais países banhados pelo Atlântico Sul, tanto da América do Sul (Argentina e Uruguai) quanto da África (África do Sul, Angola, Benin, Cabo Verde, Cameroun, Congo, Côte d'Ivoire, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Namíbia, Nigéria, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa e Togo).
A ZOPACAS tem por objetivo fomentar o diálogo e a cooperação no âmbito da região sul-atlântica, além de afirmar sua identidade como zona de paz. O Brasil já sediou duas reuniões em nível ministerial – em 1988, no Rio de Janeiro, e em 1994, em Brasília." 

Nos governos de Fernando Henrique Cardoso, o continente africano não teve destaque na política externa brasileira, dada a priorização das relações com os Estados Unidos. Entretanto, não houve total distanciamento do continente; em 1996, por exemplo, foi criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Com o governo de Lula, a África passa a ter posição de destaque na política externa brasileira. Buscou-se ampliação da cooperação Sul-Sul, visando, entre outros fatores, a maior participação dos países do sul nos fóruns internacionais. Houve aumento das visitas presidenciais ao continente, bem como dos investimentos do Brasil em vários países africanos, com o estabelecimento de empresas como a EMBRAPA (em Gana e em Moçambique), Odebrecht, Fiocruz (entidade de pesquisa; instalou-se um escritório em Moçambique para criar uma central de distribuição de medicamentos e fábrica de anti-retrovirais) e Petrobras. 
Houve um substancial aumento do comércio, sendo que a balança se apresenta deficitária para o Brasil, que importa mais do que exporta ao continente.


Pode-se dizer que o governo Dilma Rousseff, apesar de não com a mesma intensidade que no período de Luís Inácio Lula da Silva, manteve as mesmas diretrizes para o continente africano. O Brasil tem, atualmente, 37 embaixadas na África. A Presidenta discursou no Jubileu de Ouro da União Africana (50 anos, em maio de 2013, acesse aqui), e neste ano houve o perdão/reestruturação da dívida de 12 países africanos:  República do Congo, Costa do Marfim, Tanzânia, Gabão, Senegal, República da Guiné, Mauritânia, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Sudão e Guiné Bissau (nota do Itamaraty ).

Conforme Visentini:  
"O Brasil, muito além do aspecto comercial, pode ser um parceiro importante para o Continente africano, desde que consiga superar certos entraves políticos, sociais e econômicos internos. A África, por sua vez, também é útil ao Brasil, não apenas em termos econômicos, mas também político-culturais. (2010, p.121)."
e um trecho do discurso do ex-Presidente Lula, na abertura da Cúpula da África- América do Sul, em 2006:
(íntegra)
"Nossas regiões estarão empenhadas, a partir de agora, em esquemas de cooperação em áreas como agricultura, energia, mineração, turismo, informática, saúde, educação, cultura e esporte. [...] 
Não existe saída para os nossos problemas econômicos, políticos e sociais se continuarmos a pensar que, sozinhos, haverá saída para algum país da África ou da América do Sul. Ou tomamos consciência de que a saída é coletiva, de que os projetos de cada Estado podem ser específicos, mas têm que estar vinculados a uma estratégia da África e da América do Sul, e com esse projeto estratégico formado, nós estabelecemos as negociações com o chamado mundo desenvolvido, para que nos trate com a justeza que nós merecemos, ou vai significar que no século XXI vamos continuar como terminamos o século XX: com os mesmos problemas econômicos, os mesmos problemas sociais e, por que não dizer, muitas vezes com os mesmos problemas políticos."
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O Programa "ProSavana", desenvolvido com Moçambique, visa adaptar o modelo de produção agrícola do cerrado brasileiro  às savanas do país africano, devido as similaridades geográficas entre ambos. A parceria é tripartite: entre Brasil, Moçambique e Japão, visa acabar com o déficit alimentar do país, com técnicas modernas de agricultura. Isso fez com que diversos brasileiros se deslocassem ao país africano para produzir (mais informações na reportagem do DW).

Entretanto, a situação no país pode apontar para novos conflitos (há 20 anos foi assinado um tratado de paz), conforme  a reportagem da BBC (íntegra aqui, e a nota do Itamaraty).


Brasil já tem planos de contingência após ataques em Moçambique:
[...]
O Ministério das Relações Exteriores diz que o procedimento inicial seria mover cerca de 300 brasileiros (a maioria missionários) da província de Sofala, onde houve confrontos, para a capital, Maputo, mais ao sul do país.
[...]

Tensão e negociações
Moçambique amargou uma guerra civil por 16 anos – entre a guerra pela independência de Portugal, em 1975, e 1992, quando forças da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e da Frelimo (Frente da Libertação de Moçambique) assinaram uma trégua.
O acordo consolidou a Frelimo no governo do país, onde está até hoje, e a Renamo deixou de ser um grupo rebelde para virar um partido político, com mais de 50 membros no Parlamento – embora as armas nunca tenham sido totalmente abandonadas pelo movimento.
Além do saldo de mais de um milhão de mortos, a instabilidade deixou marcas profundas na sociedade moçambicana, que teme a retomada da violência.
Após dias de trocas de acusações, e a um mês de eleições locais e um ano de eleições nacionais, as forças do governo disseram ter reagido a provocações ao ocuparem, na segunda-feira, a principal base da Renamo, na província de Sofala, onde estava o líder do grupo, Afonso Dhlakama, que fugiu do local.
Em reação, membros da Renamo atacaram uma delegacia de polícia nesta terça-feira, e declararam o fim do acordo de paz com o governo – embora seus representantes aindam se mantenham no Parlamento.
Horas mais tarde, no entanto, um mediador independente, Lourenço do Rosário, disse ter ouvido da Renamo que o grupo "reafirma que não quer o retorno da guerra".
O movimento exige que o governo deixe a base tomada e em troca oferece não dar continuidade aos ataques. Rosário disse que o presidente moçambicano, por outro lado, afirmou que o "diálogo é a melhor maneira de prosseguir, apesar das diferenças".

Ameaças
Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo, disse mais cedo que a ocupação da base "encerra o fim de uma democracia multipartidária" e que o presidente do grupo perdeu o controle sobre o movimento e que "não pode ser culpado pelo que acontecer daqui em diante. As guerrilhas estão espalhadas e vão atacar sem precisar de ordem". Segundo ele, o objetivo do ataque era matar Dhlakama.
Escolas foram fechadas e moradores relataram clima de medo. Horas depois, a Embaixada dos Estados Unidos em Maputo pediu contenção, exigindo "medidas decisivas para acalmar as tensões".
Na segunda-feira, o Ministério da Defesa moçambicano disse que o governo continuará a reagir às provocações contra suas forças. Em visita à província de Sofala em meio à ocupação contra a base da Renamo, o presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse que a Constituição do país "não permite dois Exércitos e duas ordens em Moçambique".
Analistas internacionais consideram pouco provável o retorno do país à guerra civil, mesmo em meio à escalada da retórica entre os dois lados. Em abril, pelo menos cinco pessoas morreram depois de um ataque da Renamo a um posto policial.

Brasil
O Brasil mantém intensas relações comerciais com Moçambique e empresas como a Vale do Rio Doce, Odebrecht e Camargo Corrêa têm mantido grandes investimentos no país nos últimos anos.
[...]
Em nota, o Itamaraty disse que "acompanha com preocupação os incidentes".
"O Brasil acredita que a busca de soluções para as divergências entre as partes deve perseverar no caminho do diálogo e da negociação, em quadro de fortalecimento do estado de direito, das instituições democráticas e da estabilidade", diz o comunicado.

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abraços, bons estudos e fighting!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Um gif legal que achei em um site, por aí...

:)

Abraços, bons estudos e fighting!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013


O P5+1 é um grupo de países que reuniu esforços, no ano de 2006, para negociações sobre o problema nuclear do Irã. O objetivo é evitar que o país desenvolva bombas atômicas. De acordo com o site "Arms Control" (que resume as negociações e os objetivos): 

France, Germany, and the United Kingdom (the EU3) also offered Iran several proposals to resolve the nuclear issue during negotiations with Iran in 2004 and 2005. China, Russia, and the United States joined the three European countries in 2006 as part of a format known as the “P5+1”—in reference to the permanent five members of the UN Security Council plus Germany—offering similar comprehensive proposals to Iran. The P5+1 have described their negotiations with Tehran regarding these proposals as one track of a “dual track strategy” to address Iran’s nuclear program. The second track consists of Security Council resolutions which impose sanctions on Iran and demand that it suspend all uranium enrichment-related and reprocessing activities, as well as construction of a heavy water reactor. The West fears that Iran might enrich uranium to high levels necessary for use in nuclear weapons, or reprocess spent nuclear fuel to acquire plutonium for weapons.

As preocupações com as armas nucleares surgiram no contexto da Guerra Fria. Em 1959, foi elaborado o Tratado Antártico sobre desarmamento e não-proliferação (o Brasil assinou em 1975). O TNP, o tratado mais difundido, é de 1968, e, no contexto da América Latina, temos o Tratado de Tlatelolco. O Brasil só aderiu ao TNP em 1998, pois considerava que previa um tratamento desigual. Quatro países não fazem parte do TNP: Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte (este último havia aderido ao tratado, retirando-se mais tarde, em 2003).


Em 1968, o então embaixador do Brasil nas Nações Unidas, José Augusto Araújo Castro declarou na Assembléia Geral da ONU que o TNP representava um “congelamento do poder mundial”. Segundo ele o tratado de não-proliferação “fundava-se em uma teoria de diferenciação do mundo entre nações adultas, responsáveis e poderosas e nações não poderosas que, por isso mesmo, seriam não responsáveis e não adultas”(FONTE).

A AIEA (IAEA, em inglês) é uma agência independente dentro do sistema ONU,criada em 1957, que busca promover tecnologias nucleares seguras e pacíficas, atuando com todos os membros da ONU. Seus trabalhos são baseados em três pilares: segurança, tecnologia e ciência; salvaguarda e verificação. As relações com a ONU ocorrem por um acordo especial, e a AIEA possui um estatuto próprio. A agência anualmente relata a Assembléia da ONU assuntos relacionados ao não cumprimento das obrigações pelos Estados, bem como outros assuntos relacionados à paz e segurança. A AIEA realiza inspeções-surpresa nos países que detém tecnologia nuclear, para verificar se não estão sendo desenvolvidos armamentos nucleares. Entretanto, o Irã vinha se negando a aceitar essas operações. Devido a falta de cooperação, o CSNU aprovou 4 resoluções com sanções ao Irã:


1º rodada - Resolução 1737 - Dezembro de 2006
-Proibiu o Irã de comercializar com qualquer país materiais, equipamentos, bens e tecnologias que poderiam contribuir com o programa nuclear iraniano;

-Estabeleceu uma lista de empresas, entidades e pessoas cujos ativos ligados ao programa nuclear foram congelados;

-Estabeleceu um novo comitê de sanções para monitorar o cumprimento da resolução;

-Deu um prazo de 60 dias para o Irã abandonar o programa nuclear;

2º rodada - Resolução 1747 - Março de 2007

-Ampliou a lista de ativos congelados, incluindo outros 28 empresas, instituições e pessoas na relação, inclusive o banco estatal Sepah e companhias administradas pela Guarda Revolucionária;
-Proibiu o Irã de exportar armas de todo o tipo;

-Estabeleceu mecanismos para futuras negociações com o Irã;



3º rodada - Resolução 1803 - Março de 2008
-Restringiu a importação de todos os itens e tecnologias de "uso dual", tanto para uso pacífico quanto militar;
-Ampliou a relação de empresas, instituições e pessoas com ativos congelados ligados ao programa nuclear, acrescentando 25 nomes;
-Exigiu dos membros da ONU verificar a natureza de suas importações para o Irã para evitar contrabando;
-Expandiu restrições financeiras e de viagens a pessoas e companhias ligadas ao programa nuclear;


4ª rodada - Resolução 1929 - Junho de 2010

-Proibiu a venda de várias categorias de armamentos pesados ao Irã, inclusive helicópteros de ataque, mísseis e navios de guerra;
-Pede que todos os países inspecionem, em portos e aeroportos dentro de seus territórios, cargas suspeitas de conter itens proibidos a caminho do Irã ou vindos do país;
-Acrescentou os nomes de 40 empresas iranianas e de um alto funcionário ligado ao programa nuclear iraniano à lista de ativos congelados;

(Fonte).
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Uma notícia recente aponta para mudanças do Irã:
As charges nos mostram as diferentes abordagens do tema,em cada região

Irã aceita inspeção-surpresa a usinas nucleares e EUA indicam apoiar plano
GENEBRA - O Irã aceitou na quarta-feira, 16, que inspeções-surpresa sejam feitas em suas usinas nucleares em troca da suspensão das sanções econômicas ao país. A oferta foi bem recebida pelas potências reunidas em Genebra para uma negociação que a Casa Branca qualificou como "a mais séria e franca" já realizada com Teerã sobre seu programa atômico. [...]
No encontro, Irã e o grupo P5+1 (China, EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Rússia) anunciaram os próximos passos. Na prática, ao conseguirem pela primeira vez emitir um comunicado final conjunto, os dois lados abriram caminho para um acordo.
A meta é conseguir garantias que impeçam que o Irã possa caminhar para uma bomba atômica. [...]
Num sinal de que as concessões foram bem recebidas, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, anunciou que técnicos continuarão a debater os pontos do acordo. Segundo ela, os iranianos apresentaram uma "base para a negociação". Ela insistiu que o debate foi "substantivo e olhando ao futuro". "Esse foi certamente o debate mais detalhado que jamais tivemos", disse.
[...]
Oficialmente, a ordem de todas as delegações é a de não revelar detalhes do projeto. Ainda assim, diversos pontos acabaram vazando durante o dia. O primeiro é a possibilidade de que, no último estágio de um acordo, o Irã permita que suas instalações sejam inspecionadas sem aviso prévio - mesmo locais não listados na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O chanceler Mohamed Javad Zarif indicou que isso não significará que o Irã vá aderir a novos protocolos da AIEA antes do fim do processo. "Houve uma séria barganha e um processo de dar e receber", disse.
 [...]
Zarif deixou claro que não está sobre a mesa a renúncia ao programa nuclear e todas as ofertas dependeriam de como as sanções serão retiradas. Outra exigência seria o reconhecimento de que o Irã tem direito a energia nuclear para fins pacíficos. "Insistimos em nossos direitos e não vamos abrir mão deles", disse.


Mafalda, de quando se achava que o mundo poderia acabar com a Guerra Nuclear.









Abraços, bons estudos e fighting!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Estava navegando nos sites do Itamaraty e achei mais matérias sobre a necessidade de reforma do CSNU. Fica a dica; fizeram até uma página para isso, acho que vale muito a pena ler, ainda mais quem vai para a terceira fase. Sobretudo do blog diplomacia pública, que condensa o assunto inteiro (nunca vou deixar de recomendar esse blog).

 




Abraços, bons estudos e fighting!
Ouvi um comentário esses dias que me fez refletir que, muita pessoas, diferentemente de mim, podem ter ficado bem tristes após o CACD desse ano. Eu não fui bem, mas de qualquer maneira, a prova me deu mais vontade de estudar.
Ouvi, também, muitos comentarem que ficaram por um ponto ou por um décimo fora da continuidade desse certame. Há muitos outros que conheço que já chegaram até a quarta fase, e desta vez, não passaram da primeira. 

O CACD é um concurso difícil; um dos mais difíceis do país, pelo que se fala. É exaustivo, e feito em um momento em que a maioria quer melhorar a vida. Além disso, ele não trata apenas de oportunidades: um salário melhor, estabilidade; mas de um sonho. Ele mexe muito conosco. É o sonho de uma carreira e um estilo de vida, a mudança de paradigmas (para a grande maioria de simples mortais, muitos que nunca viram um(a) diplomata). Porém, como toda "grande ambição", é algo que demanda muito esforço, muita superação e muita perseverança.
Atualmente, vemos pessoas serem consideradas vitoriosas por qualquer coisa. Qualquer um vira capa de revista por ter um padrão de beleza, vai aos programas de TV por ter feito um escândalo, ganha milhares de reais por ter saído com a "pessoa certa" ou consegue vantagens na profissão de forma duvidosa. A internet nos faz mais infelizes, e pesquisas mostram isso: o Facebook causa uma sensação de que somos um fracasso, enquanto todos à nossa volta conseguem tudo, e de maneira fácil. E nós, simples humanos com os pés no chão, que não nascemos com a "bunda virada para a Lua" (e talvez a única "superstição" - se é que pode se chamar assim - em que eu acredito seja a dicotomia sorte x azar), nadamos, nadamos, e acabamos afogados na beira da praia. Conheço, sim, pessoas que tem muita, mas muita sorte. Gente que não precisou mover um dedo para conseguir coisas para as quais eu tive que mover o mundo. Eu, aliás, me considero bem sem sorte: só para ter ideia, estudei três anos (durante o Ensino Médio) com muito afinco para passar em último na faculdade, direto do colégio enquanto a maioria dos meus colegas estudou um ano ou vez um intensivo.


Paciência. É preciso saber o quanto é preciso nos esforçarmos para conseguir o que queremos. Eu estudei três anos para o vestibular; certamente cansei muito mais que a maioria, mas consegui entrar na faculdade. Era isso que eu queria, e fiz o que eu precisava para conseguir. Não me importava sobre como cada um se organizava ou quantos exercícios faziam. No final das contas, da minha sala (de um colégio que era exclusivo para isso), creio que uns 10% entraram para os cursos que queriam. Na realidade, percebi que a maioria dos meus colegas talvez fosse como eu, só que não se esforçou tanto quanto precisou. Os que passaram foram os que foram até os seus limites e as suas necessidades. Isso não implica nunca sair, tirar um feriado (meu caso). Mas, em alguns casos, levar um livro para estudar um pouco no feriado, ou intensificar a rotina para compensar na volta. Eu tive uma colega que ia em todas as festas, mas era muito organizada e disciplinada. E ela passou comigo.
Não sigo muito a metodologia de livros "Como passar", embora eu goste das dicas. Mas não consigo manter um cronograma, até porque não tenho rotina.
E não estou - de jeito algum! - condenando quem não conseguiu passar até então (e quem sou eu para fazer isso :P). Apenas alertar que, às vezes, isso ocorre reiteradamente porque fazemos as coisas da maneira errada. Não corrigimos os métodos adotados, ou nos prendemos à "realidade" dos outros - e com o Facebook isso virou um GRANDE problema. Isso acaba nos prejudicando e sufocando. E nos pegamos pensando: "afinal, não é para mim, porque não sou especial. Quem passa é quem pode". Reiteradamente, pessoas me dizem que é preciso estudar MUITOS anos para o concurso, muitos mais do que eu poderia. Mas sei que tem quem consegue com um prazo menor. 

O que essas pessoas fazem? São abençoadas? A maioria é igual a nós. Apenas, talvez, não seguiu os conselhos de "iniciar pensando em 3 ou 4 anos". Talvez fez tudo o que podia dentro do tempo que pôde, e conseguiu (veja a " FAC do Candidato a Diplomata" , por exemplo). Ninguém precisa ser "especial" para isso. É preciso, apenas, perseverar. E ser sincero consigo, saber o quanto se dedica, o quanto está fazendo para atingir o objetivo. Vejo que muita gente age como no Facebook: engana os outros, falando que estuda um tempo que não é verdade, e engana a si, porque a única pessoa prejudicada é ele/ela mesmo/a. 
Talvez esse texto pareça desmotivador e um puxão de orelha, mas ficarei triste se for interpretado assim, não é o objetivo. É apenas mostrar que coisas que parecem impossíveis não o são, na realidade. Tudo depende de nós. Eu acredito nisso. Não dou muito ouvido aos outros. Acredito que posso passar em "x" tempo, que posso fazer o que eu quiser. E acredito que qualquer um possa. Porque, no final das contas, o que importa é o que fazemos, a nossa dedicação. Muita gente muda de vida, sai do zero e atinge coisas impensáveis - segundo o senso comum - para si. Se algo está dando errado, talvez é porque ainda não fizemos o necessário. Não é culpa nossa, às vezes é preciso alguns erros. Mas, se aprendemos com eles, e fizermos o que pudermos, creio que conseguimos. 
Por isso, não desanime. Se esforce; você conseguirá. Provavelmente, é o que foi feito por quem conseguiu.
Essas frases eu procurei para mostrar a reflexão de outras pessoas sobre sucesso. Não sei se esses são realmente os autores, dado que, muitas vezes, a autoria é trocada. Mas o que importa é a mensagem. Abaixo está os sites de que as retirei.


"Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos."

Friedrich Nietzsche
É preciso acreditar que podemos. Não somos diferentes de ninguém; talvez não tenhamos tanta sorte. Mas isso faz com que tenhamos mais perseverança.

"Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho."


Thomas Jefferson
Às vezes, a sorte não decorre do acaso, mas do quanto nos esforçamos para conseguir algo. Muitos que pensamos atingir seus objetivos "por sorte" na realidade trabalharam arduamente para conseguir isso.

"Fracasso: Alguns poucos erros de julgamento repetidos todos os dias. Sucesso: Algumas simples disciplinas praticadas todos os dias."
 E. James Rohn 

"Se você foi bem sucedido, pergunte a si mesmo porque, e tente repetir a ação. Se você fracassou, pergunte a si mesmo porque, e aprenda com a experiência."
Dale Carnegie
Se erramos, devemos identificar o problema e corrigi-lo, afinal, persistir no erro não trará êxito. Além disso, para conseguir ser bem-sucedidos, precisamos nos esforçar, ter disciplina. 

" Sucesso parece ser em grande parte uma questão de continuar depois que outros desistiram."
William Feather
Acredite em você. Não dê ouvidos aos que querem que você desista, sem ao menos tentar de novo. Siga em frente. 

" Eu preferiria ser um fracasso em algo que amo do que um sucesso em algo que odeio."
George Burns
A maneira como as pessoas e os fatos são expostos fazem com que os outros cobrem de nós um "sucesso em tudo", sem ao menos saber o que queremos. Julgamos a vida dos outros, sem ter ideia se estão bem ou não com suas escolhas. Temos hierarquias para tudo, de modo que certas coisas - e somente elas - são boas, e outras ruins. Mas o importante é saber o que você quer, lutar por aquilo e ser feliz com a sua escolha. É preferível ter uma vida simples e feliz, do que uma vida cheia de glamour e frustrante. É preferível trabalhar bastante e não ter um chão do que viver trancado em um lugar, sem mobilidade, se você não gostar disso. Procure fazer o que você gosta, e não dê ouvidos à opinião dos outros; "cada um sabe a dor e a alegria de ser quem é".

Por fim, indico que assistam a esse especial do "Globo Repórter". Não gosto do programa, mas esse é motivador. Pessoas que julgamos mal, que atribuímos preconceitos, são "predestinadas" mas que acreditaram em algo e se esforçaram para isso. É possível mudar, melhorar, ser quem você quer. Os vídeos são curtos e bem aprazíveis. Aqui, coloquei apenas um, mas os outros tem o link em seguida (ao vídeo). O mais importante é não esquecer da nossa essência: quem somos, o que somos/fomos e o que fizemos para isso. E lutar para conseguir o que se quer, ter paciência, perseverança, respirar fundo e se dedicar.



Abraços, bons estudos e fighting!

Frases de: Webfrases e Pensador


sábado, 12 de outubro de 2013

Não é novo, aqui no blog, eu comentar sobre a necessidade de se preparar para todas as fases "desde sempre". Ocorre que muitas pessoas teimam em focar no TPS, achando que passando da primeira fase estarão garantidos com o resto do certame. Entretanto, não podemos nos esquecer, há 100 vagas (ao menos neste ano, o que não deve mudar muito para o ano que vem), e apenas 1/4 dessas pessoas irá passar. E serão as mais preparadas; cada fase fará diferença. Assim, aconselho que inclua, em seu plano de estudos, redação inglês, espanhol e francês.

Sei que há pessoas que não tem acesso aos cursinhos específicos. Então, o que fazer? Os cursinhos convencionais não garantem um nível necessário para a prova. Por mais que francês e espanhol sejam instrumental (um "intermediário", dificultado mais pela gramática impecável do que pelo entendimento), os cursinhos querem que você aprenda a se comunicar, sem ter preocupações com a interpretação de textos complexos ou com a corretíssima acentuação.

O que, então, podem essas pessoas (e todos os demais, porque nesse caso, mais não é menos) fazer para se preparar para essas fases?


A começar, indico a aquisição de livros (que logo integrarão a lista de livros essenciais). Para o inglês, um bom dicionário (Oxford é bom), os livros "Advanced Grammar in use", da Cambridge University Press e o "Advanced Language Practice" (Macmillan). Download do primeiro aqui e do segundo aqui. Também o Manual do Candidato, da Sara Walker, disponível para download no site da FUNAG. Para aprimorar seu vocabulário, leia os artigos da The Economist e da Newsweek. Também é bom ler a Foreign Affairs, para conteúdo, além de que todas essas fontes irão lhe ajudar a aprimorar o pensamento em inglês, para escrever melhor. O melhor site para palavras é o Dictionary.com, e em português eu uso o bab.la. Acompanhe o blog CACD Inglês, é ó-ti-mo.  Um site que recomendo muito é o English Experts. Não muito pelo conteúdo; porém mais pelo fórum. Ele tem pessoas que realmente sabem inglês, e elas podem ajudar com eventuais dúvidas. Eventualmente tem uns malas que xingam a gente (a primeira vez que usei foi para um resumo para monografia, e um cara me detonou :P), mas a maioria é acessível. E todos sabem que, na internet, esse tipo de pessoas é recorrente rsrs...
Aconselho que, ao menos para inglês, faça algum cursinho. A prova é complexíssima; se você errar 20 itens de gramática (e para errar isso é mamão-com-açúcar), zera a redação. Ainda, tem que saber COMO fazer o resumo, além da tradução e da versão. O Sapientia tem. Esse site informa que tem curso para o CACD, também, mas não tenho nenhum feedback.
Ah, esse blog lindo maravilhoso tem tudo que é livro que você possa querer. Se acha que precisa aprimorar algo, dá uma fuçada lá, que você acha :) : Foreign Language Books.


Para francês, além do Manual do Candidato, o livro que uso é o Grammaire Progressive du Français (básico e intermediário). E para dicionário, pode ser o Larousse (uso o bab.la para pt). O site que eu uso é, obviamente, o do Le Monde. E também tem o Dicas de Francês, o equivalente para francês do English Experts. A prova de francês é relativamente (ou muito mais) fácil que a de inglês. Contém 2 textos, com 5 questões discursivas, cada. Elas podem ser respondidas em 3 a 5 linhas CHEIAS. São avaliados: gramática, compreensão textual, organização de ideias e compreensão literária, cada um valendo 1,25 no máximo. Entretanto, zerar é muito fácil; cerca de três erros de gramática (incluindo acentos) podem gerar um zero no quesito. Uma má organização das ideias baixa a compreensão textual e literária. Plagiar o texto (copiar o que diz nele, totalmente), também. Então, é bom saber escrever muito bem.


Finalmente, para o espanhol, o Manual do Candidato, e indico o Gramatica de Uso Del Español A prova segue o mesmo modelo da de francês. Não pense que espanhol é fácil; as pessoas aportuguesam tudo, erram verbos, palavras que inexistem (inventam), pronomes e acentos. Em uma linha é muito possível detonar a sua prova. Um periódico bom é o El Pais. Também existe o Dicas de Espanhol. Um bom dicionario é o da RAE.

Abraços, bons estudos e fighting!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

*Por favor, respondam a nova enquete, é muito importante para eu saber como melhorar o blog. Obrigada!*
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O G4 é um grupo formado por Brasil, Japão, Alemanha e Índia, que visa reformar o Conselho de Segurança da ONU, criando mais assentos permanentes e ampliando o número de membros rotativos. Entre os principais argumentos estão a obsolescência do atual sistema e a não representatividade da atual realidade do mundo. O G4 não é o único grupo com esse escopo. Podem ser citados, ainda, o grupo "Unidos pelo Consenso", formado por Itália, Coreia do Sul, México, Paquistão e Espanha, e o "Grupo Africano", que reflete as ideias da UA. Os países do G4 defendem a candidatura mútua como membros permanentes do Conselho de Segurança.


Podiam aceitar cães no CS da ONU, também, rsrs...
Apesar de não haver país africano no G4, o grupo defende a inserção de países desse continente no Conselho de Segurança,  porquanto busca refletir a diversidade de atores do cenário atual. 

De acordo com a Professora Teresa Botelho, da Universidade de Lisboa:
O corrente processo de discussão intergovernamental sobre projetos de reforma do csnu corresponde à segunda iniciativa de aprofundar a sua representatividade e efetividade, refletindo quer o alargamento de número de estados-membros (de 51 em 1945 aos presentes 192), quer a crescente insatisfação perante o desequilíbrio entre a sua composição e a presente distribuição de poder na comunidade internacional. a história da tentativa de alteração substantiva da Carta das Nações unidas, ao abrigo do artigo 109.º, tem sido pouco encorajadora para os vários proponentes. a única reforma da composição do Conselho de Segurança ocorreu em 1965, depois de dois terços dos estados-membros (incluindo os cinco membros permanentes) ratificarem a resolução 1990 de 1963, que propunha o alargamento do Conselho de Segurança de 11 para 15 membros, alterava a maioria de sete para nove votos e deixava intacto o direito de veto.

O atual processo, desencadeado em 2005 por proposta do então secretário-geral Kofi annan, retoma o apelo de 1995, do secretário-geral Boutros Boutros-Ghali, para uma «reestruturação da composição do Conselho de Segurança» e revisão dos seus «procedimentos anacrónicos» que levam a que «questões de poder se sobreponham a questões de justiça». este apelo resultava da pressão de países como o Japão e a alemanha (respetivamente, os segundo e terceiro maiores contribuintes para a onu), para a sua inclusão como membros permanentes. a estes se viriam a juntar o Brasil e a Índia (que tinham do seu lado argumentos territoriais e demográficos) formando assim o mais influente dos grupos de estados-membros que passará a ser designado como  G4.

A este grupo de pressão se juntarão outras duas alianças de estados, a saber, o grupo «unidos pelo Consenso», fundado em 1995 pela itália, Paquistão, México e egito, a que se juntarão outras nações, mais interessado no alargamento dos membros não permanentes e em parte motivados por rivalidades regionais com membros do G4, bem como o «Grupo africano» que exigia dois assentos permanentes no Conselho de Segurança."

(trecho copiado do artigo "Os limites do multilateralismo da Administração Obama. A reforma do Conselho de Segurança", da referida professora, que pode ser acessado em: http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S1645-91992012000200001&script=sci_arttext. Acesso no dia 10/10/2013).

Feitas essas considerações, é importante atentar para recente Reunião Ministerial do G4, no contexto da 68a reunião da AG da ONU. O texto é retirado do site do Itamaraty (na íntegra):

Nota nº 341
Reunião Ministerial do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) à margem da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas - Comunicado Conjunto - Nova York, 26 de setembro 2013
1.       O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, o Ministro Federal para os Negócios estrangeiros da Alemanha, o Ministro das Relações Exteriores da Índia e o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão encontraram-se em Nova York, em 26 de setembro de 2013, à margem da abertura da 68ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, para trocar impressões sobre a reforma do Conselho de Segurança.
2.       Os Ministros sublinharam que, quase 70 anos após a criação das Nações Unidas, a reforma do Conselho de Segurança é um processo que se prolonga muito além do necessário. Concordaram que as dificuldades do Conselho de Segurança para lidar com os desafios internacionais, inclusive os atuais, têm salientado ainda mais a necessidade de reforma do órgão, para melhor refletir as realidades geopolíticas do século 21 e tornar o Conselho mais representativo, eficiente e transparente, de modo a aumentar sua eficácia e a legitimidade e a implementação de suas decisões. Os Ministros recordaram que há quase 10 anos, no Documento Final da Cúpula Mundial de 2005, os líderes internacionais se comprometeram com uma reforma de urgente do Conselho de Segurança. Os Ministros ressaltaram a necessidade de intensificar os esforços para, até 2015, traduzir o acordo existente em resultados concretos.
3.       Recordando os comunicados conjuntos anteriores do G-4, os Ministros reiteraram sua visão comum de um Conselho de Segurança reformado, que leve em consideração as contribuições dos países à manutenção da paz e da segurança internacionais e aos outros propósitos da organização, assim como a necessidade de maior representação dos países em desenvolvimento em ambas as categorias, a fim de melhor refletir as realidades geopolíticas atuais. Os países do G-4 reiteraram seus compromissos como aspirantes a novos assentos permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assim como seu apoio às suas respectivas candidaturas. Reafirmaram também sua visão da importância de que países em desenvolvimento, em particular da África, estejam representados nas categorias de membros permanentes e não-permanentes em um Conselho ampliado. Nesse contexto, os Ministros salientaram a importância de reforçar o diálogo sobre reforma do Conselho de Segurança com os países africanos e elogiaram a iniciativa do Governo do Japão de organizar, em junho passado, a primeira Cúpula Japão-África sobre Reforma do Conselho de Segurança. Ademais, os Ministros tomaram nota com satisfação da decisão dos Chefes de Estado e Governo da CARICOM, em fevereiro de 2013, de clamar por "maior urgência para alcançar uma reforma duradoura do Conselho de Segurança" e da iniciativa do bloco de revigorar o processo de negociações intergovernamentais.
4.       Os Ministros reconheceram a necessidade de maior envolvimento da sociedade civil, da imprensa e do meio acadêmico nas discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança e, nesse contexto, saudaram a iniciativa brasileira de organizar um seminário, em abril deste ano, para ampliar o debate sobre a urgência e a inevitabilidade da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
5.       Os Ministros também discutiram o resultado da nona rodada de negociações intergovernamentais sobre reforma do Conselho de Segurança. Nesse contexto, os Ministros enfatizaram o importante papel que o Facilitador das Negociações Intergovernamentais,Embaixador Zahir Tanin, tem desempenhado nas negociações, conforme claramente refletido em sua carta de 25 de julho de 2012 ao Presidente da Assembleia Geral, e saudaram, mais uma vez, as recomendações nela contidas. Nesse contexto, os Ministros reiteraram que, dado o apoiomajoritário dos Estados membros a uma expansão do Conselho de Segurança nas duas categorias de membros, permanentes e não-permanentes, esse deveria ser um parâmetro crucial no processo de negociação. Defenderam a elaboração de um texto negociador conciso como base para as futuras negociações, em linha com as recomendações do Facilitador.
6.       Os Ministros saudaram a decisão da Assembleia Geral de dar sequência imediata ao processo de negociações intergovernamentais no plenário informal da 68ª Sessão, tomando por base os progressos alcançados e as recomendações feitas pelo Facilitador. Os Ministros sublinharam a necessidade de se chegar a um resultado concreto na 68ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas e, nesse contexto, expressaram seu compromisso de continuar trabalhando em estreita cooperação e com espírito de flexibilidade com outros Estados membros e grupos de Estados membros, em particular da África, por meio de negociações genuínas em torno de um texto-base.
7.       Os Ministros expressaram gratidão pelos esforços realizados pelo Presidente da 67ª Assembleia Geral, Vuk Jeremic, e pelo Facilitador das Negociações Intergovernamentais, Embaixador Zahir Tanin. Manifestaram a sua expectativa de trabalhar estreitamente com John Ashe, Presidente da 68ª Assembleia Geral, e com o Facilitador das Negociações Intergovernamentais, a fim de que se concretize a urgentemente necessária reforma do Conselho de Segurança.
Luiz Alberto Figueiredo Machado
Ministro das Relações Exteriores do Brasil 
Guido Westerwelle
Ministro Federal para os Negócios Estrangeiros da Alemanha
Salman Khurshid
Ministro das Relações Exteriores da Índia
Fumio Kishida
Ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão

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Abraços e bons estudos! Fighting!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O Blog Diplomacia Pública é mantido pelo Itamaraty, e traz textos muito interessantes sobre temas variados a respeito das ações da diplomacia brasileira. Os textos não são apenas de assuntos recentes, mas também de fatos históricos, relações bilaterais ou em diversas esferas que interessem as relações do Brasil com outras nações e organismos internacionais. 


O blog é constantemente atualizado, mas não com uma frequência que nos impeça de acompanhá-lo; é bem possível ler o que é publicado e resumir ou esquematizar. Também possui espaço para comentários, os quais são respondidos. É um conteúdo que vale a pena ser acompanhado pelos candidatos do CACD (na minha opinião), porque traz resumos importantes sobre assuntos que podem ser cobrados nas provas, tanto na segunda, quanto na terceira fase. 

E a quantidade de informações relevantes compiladas pode ser uma grande ajuda, nos poupando do desespero e trabalho interminável diante de todo o conteúdo cobrado no edital, que nos deixa perdidos! Já deixei ao link junto aos demais com conteúdo importante para estudos. Aconselho a todos que coloquem em seus favoritos!

*Gostaria de fazer um pedido a quem acessa o blog. Coloquei uma nova enquete no mesmo lugar da anterior. Sei que é chatinho, mas é a maneira mais fácil de me comunicar com os leitores. Tive a ideia de (tentar) atualizar o blog todos os dias, ao menos com notícias de meios diversos que eu acho que podem ser interessantes. Gostaria de saber se as pessoas se interessam por isso (tentaria "resumir" as notícias, ao menos), ou se achariam ruim se eu colocasse notícias aqui (sem analisá-las). Se puderem votar, ficarei grata :)!

Abraços e bons estudos! Fighting!

domingo, 6 de outubro de 2013

Dia 04/10 (sexta-feira) saiu o resultado da segunda fase. Está disponível em: link.

Quando for a minha vez, ficarei assim!
Do dia 05 até as 18h do dia 06 (hoje) os candidatos poderão ver as suas provas e fazer os recursos. Se você passou e não achou sua nota satisfatória, não perca tempo! Mas, lembre-se que a banca é bem "conservadora", o manual que podemos nos basear é o do Celso Cunha, e mesmo assim, muitas coisas divergem...

Para não ser desclassificado (dado que todos os que passam para a segunda fase tecnicamente pode fazer a terceira), é preciso ter pontuado, ao menos, 60 pontos. Pelo que vi  (por um rápido "passar de olhos"), os 27 primeiros pontuaram acima de 76. Isso é muito bom, dado que é uma vantagem perante os outros candidatos. Mas não quer dizer que os demais não tem chances, visto que as provas de terceira fase podem mudar muita coisa.

Por enquanto é isso. Aos demais, bons estudos e fighting!

Abraço a todos!

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