quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

(o número 1 é devido ao fato de eu acreditar que irei abordar esse assunto muitas outras vezes)
Quando eu resolvi vir para Brasília para estudar para o IrBr, o fiz porque acreditava que seria o melhor para mim, para eu conseguir o que eu quero. Não foi bem uma decisão de última hora, na verdade, há uns 2 anos já titubeava sobre isso... ficaria na minha cidade, fazendo cursinhos a distancia e continuando a economia, fazendo um mestrado...em casa,gastando menos...ou largaria tudo e tentaria continuar e recomeçar sozinha,em BSB, com gastos imensos? Já andei pelos dois extremos e, dias antes de viajar para cá, pensei em desistir (mas isso é relato para outra hora). Mas então,acabou sendo uma decisão de última hora...

Na verdade, acho que esse tipo de mudança sempre será algo inusitado. Sempre há os temores, a vontade de voltar... qualquer viagem para rever a família pode se transformar em um retorno e na desistência... De qualquer sorte, mesmo sabendo que muitos se preparam EAD para o concurso, e que de fato em muitos cursinhos as aulas on-line não diferem em nada das presenciais, além de eu poder comprar tudo o que é livro na internet, resolvi apostar tudo na minha vinda.

Não há uma receita. Li e leio depoimentos, "guias de estudo", debates. Até hoje não sei direito que curso fazer. Mas quando vim para cá tinha um plano - transferir a economia, fazer o curso Clio (líder em aprovação, para o bem ou para o mal) e fazer uma pós,talvez. Estudar,estudar e passar em um ano. Mas aí você lê relatos de que os outros 4 cursinhos podem ser melhores em X matérias, que há 800 professores melhores em y conteúdo e por aí vai... e afinal, o que fazer? Muita gente estudou 4 anos no Clio e não passou, outros fizeram só 1 matéria, outros dizem ser um roubo e um absurdo, enfim...

Quando minha irmã prestou vestibular para a medicina - e,ao contrário da maioria, não acho que um concurso público seja infinitamente pior que a prova de federal para medicina, pois nada se compara a experiência e conhecimentos adquiridos, ou seja, você faz vestibular com 16 anos e bagagem de préadolescente e ensino médio,e concurso já é formado e adulto - ela foi no que era "garantido". Todo esse drama era o mesmo: fazer biologia com a prof X, geografia no curso Y, física em um particular em outra cidade... mas ela apostou no "certo". O mais caro... e,mais ainda, nela mesma. Muitos fizeram esse cursinho por 2 ou 3 anos e não passaram, aí que a gente percebe que essas pessoas são os "PHDs em cursinhos". Aqueles que sabem o melhor professor de cada um, o melhor preço, horário, mas não passam. Ela passou, em 1 ano de estudos. Tem colegas que fizeram 1 ano e faziam faculdade, tem uns que fizeram 6. Quase ninguém fez no mesmo curso que o dela - líder em aprovação. Mas ela apostou e passou.

E estou com esse drama para o IrBr. Poxa,a o pessoal diz que não vale a pena, que é caro, que tem que estudar sozinho. Mas eu não tenho essa segurança. Eu sei que é caro - e muito! - e que os outros podem ser bons, mas não sei o quão bons... e tenho que tentar algum. Sou dos que acredita que em 1 ano você pode, SIM, passar. Dos que acredita que você passa quando RESOLVE passar, quando RESOLVE estudar. Sei que tem gente que se dedica muito e não consegue...mas será que foi 100%? Será que era que nem ela, que não saia, não tinha feriado, nada? Será que fazia mais de 200 exercícios de cada matéria por semana, muitas vezes o mesmo?

Sei que importa COMO você passa, porque no futuro pode implicar em algo na diplomacia. Mas, francamente, eu quero passar. Construir minha carreira no Rio Branco fica para depois, afinal, se quero passar em um ano, tenho que ser realista. Tem gente que diz "ah,mas é exceção quem consegue", "não sonhe com isso,tenha os pés no chão" e por aí vai... mas tem quem consiga. E porque eu não posso? Será que é tão impossível assim responder corretamente uma prova de PI,se eu ler e reler e escrever tantas vezes em casa? Será que as questões de DIP e microeconomia iguais as da faculdade eu não tenho condições de acertar?

Não acho que haja receita para passar. Por isso, estou deixando de lado - PRINCIPALMENTE - as discussões. O pessoal que passa não vive discutindo a prova na internet, a opinião do colega x ou porque fulano passou com 3 meses de estudos - e desmerecendo "ah,teve sorte", "ah, não terá bagagem". Eles ficam com a BCC - Bunda Colada na Cadeira - e olhos nos livros. Para mim, no concurso, há vagas, pessoas que preencherão essas vagas e conteúdo para estudar. Não interessa se tem QI (e tem, e eu não tenho), se tem o escambau ou se é um gênio. Interessa como EU vou fazer e O QUE EU vou fazer. E vou dar meu sangue...e vai ser nesse ano. Posso gastar 20mil para passar em um ano, mas é melhor que gastar 20 mil parcelado em 5...


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Essa notícia interessante é do site do "Estadão". É do ano passado, mas tem informações bem legais para quem quer ter uma ideia básica de como funcionam os postos na carreira.

[...]
As etapas da carreira estão definidas em lei. A hierarquia é rígida, como nas Forças Armadas. São seis degraus. Quem passa no concurso assume o cargo de terceiro-secretário, enquanto ainda faz o curso no Rio Branco. Depois de pelo menos 20 anos, pode chegar a ministro de primeira classe, verbalmente chamado de “embaixador” mesmo se não chefia uma missão no estrangeiro.
Apenas a primeira promoção, para segundo-secretário, é automática. “Ela ocorre semestralmente, de acordo com as vagas decorrentes de promoções nas classes superiores”, explica o embaixador Denis Pinto, subsecretário-geral do Serviço Exterior. A partir daí, as promoções se dão por mérito.
Existe um atalho. Os postos no exterior são classificados em quatro categorias, de A a D. Para o cálculo das promoções, o tempo nos postos C (em cidades como Pequim, Moscou e Nova Délhi, entre outras) conta em dobro, e nos postos D (como, por exemplo, Cartum e Islamabad), o triplo. Ainda assim, é preciso ficar pelo menos três anos em cada classe.
Mas para subir qualquer escada é preciso chegar ao primeiro degrau. Neste caso, vencer milhares de candidatos - número muito superior ao de diplomatas existentes - em provas de Direito, Economia, Geografia, História e tantas outras, distribuídas em quatro fases. A meritocracia já é exercida muito longe da Esplanada.
QUEM É QUEM - 3.º secretário: O terceiro-secretário já é diplomata, mas é também aluno do Curso de Formação do Rio Branco, que dura dois anos. Outros cursos virão mais adiante.
2.º secretário: A primeira promoção, para o cargo de segundo-secretário, é a única automática, e leva, no mínimo, três anos. A partir daqui, é por mérito.
1.º secretário: O primeiro-secretário pode ser assessor do ministro ou do secretário-geral. É também a primeira classe na qual o diplomata pode chefiar alguma coisa: a assessoria que atende às consultas dos deputados e senadores e acompanha os tratados no Congresso.
Conselheiro: Para chegar a conselheiro são necessários, no mínimo, nove anos. O conselheiro pode chefiar uma divisão (como a de Direitos Humanos ou a das Nações Unidas), ou até um posto do grupo D.
Ministro de 2.ª classe: O ministro de segunda classe, chamado apenas de “ministro”, já pode assumir a chefia de um departamento (como o de Meio Ambiente, ou do Oriente Médio).
Embaixador: Dos 1.400 diplomatas em atividade, apenas 130 estão na classe mais alta da carreira. São chamados de “embaixadores”, mesmo em Brasília. Somente eles podem chegar a secretário-geral do Itamaraty. O mais jovem embaixador em tempos recentes é Gelson Fonseca Júnior - promovido em 1991, aos 44 anos.
PRIORIDADES DIPLOMÁTICAS - O diplomata que fica em Brasília ou serve nos postos A (em cidades como Berlim, Berna, Bruxelas, Buenos Aires, Haia, Lisboa ou Londres) ou B (Atenas, Budapeste, Oslo, Montevidéu, Praga, Santiago ou Tóquio, por exemplo) avança mais lentamente na carreira.
ACELERANDO A CARREIRA - Já quem se aventura pelos postos C (como Ancara, Assunção, Caracas, Havana, Pretória, Seul ou Varsóvia) ou D (Bagdá, Brazzaville, Cartum, Nairóbi, Porto Príncipe ou Teerã, entre outros) pode ser recompensado com promoções mais rápidas.
A notícia completa você confere aqui.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

É difícil ter uma rotina de estudos por conta própria, em casa. Enquanto os cursinhos não começam, resolvi estudar sozinha, algumas coisas. Pensei em fazer um curso de revisão, mas os valores e o fato de ser poucas aulas,e eu não ter quase nenhuma noção de nada, me fizeram desistir. Como quero fazer uma pós esse ano, acho que seria mais proveitoso investir esse dinheiro na pós.

Entretanto, esta primeira semana de estudos em casa (porque foi necessário mais ou menos um mês para eu me estabelecer e organizar em BSB) está sendo difícil. Não consigo manter o foco e a atenção. Leio poucas páginas, mas longe (MUITO longe) do que seria razoável. Sei que em abril - quando as aulas começarem - terei que me empenhar, e provavelmente o fato de ter professores cobrando e colegas estudando fará com que eu me dedique mais. Mas até lá não quero perder tempo...

Então, volta e meia venho aqui no computador ver besteira ou alguma coisa importante, mas mesmo assim não ajuda. Mas ao ver como a carreira parece interessante, e como as pessoas estudam para o concurso - de 6h a mais - me faz despertar. Só que aí, ler o edital, pegar os livros, as listas dos cursinhos e tentar me organizar faz com que eu me perca :S! Será que estou lendo algo relevante? Será que não é algo que sequer pode cair na prova?

Acho que nessa etapa não há erros... qualquer coisa dos livros relacionados deve ajudar. É melhor do que ficar parada e ver novela. Acho que, mesmo que seja a passos lentos, vou me organizando. E no mais, tem todo um mundo para eu entender... morar sozinha, em outra cidade, ter que me organizar... Tenho que viver um dia de cada vez - algo praticamente impossível nos últimos sete anos - mas ao menos nesses meses, tentar colocar a cabeça no lugar e dar mais atenção aos pedidos do meu cérebro. Tentar dormir, refletir, entender... é algo necessário, será difícil prosseguir sem entender quase nada do que está ocorrendo.

Mas também é preciso aproveitar o tempo! Para isso, deixo um trecho de um texto que ajuda aos perdidos que nem eu a entender a distração. Já tive esse ritmo de concursos quando estudava para o vestibular. Depois, na faculdade, o foco e as passadas eram outras... o tempo não corre da mesma forma. Na faculdade eu emendava e interrompia ciclos conforme era melhor. Agora, costumo dizer que para concurseiros um ano só acaba quando se passa no concurso. E esse ano pode durar 09 meses, 18 e por aí vai... Então, ter que entender isso, e que não é o momento de catar e agarrar oportunidades, igual ao que ocorria na faculdade, leva um tempo. Mas que o tempo necessário não seja demais!

Como podemos ensinar o foco de atenção em um mundo que está constantemente chamando a nossa atenção em outro lugar? Uma idéia é usar o "interruptor de tecnologia", onde você verifica o seu telefone, a web, o que for por um minuto ou dois e depois liga o telefone no modo silencioso, a tela de computador e "foco de atenção" no trabalho ou conversa ou qualquer atividade não-tecnológicas por, digamos 15 minutos, e depois faz uma pausa tecnológica por 1-2 minutos, seguida por vezes por mais foco e mais interrupção de tecnologia. O truque é aumentar gradualmente o tempo de foco para ensinar a si mesmo (e seus filhos) como se concentrar por longos períodos de tempo sem se distrair. Eu tenho professores que utilizam isso em salas de aula, pais a usá-lo durante o jantar e patrões que utilizam interrupção de tecnologia durante as reuniões com grande sucesso. Até agora, porém, o melhor que pudemos obter foi cerca de 30 minutos de foco de atenção. Graças a Steve Jobs (e outros) para fazer tais afazeres atraentes, as tecnologias distraem. Daqui


Esses bebês devem saber bem o que querem.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Clio está com as inscrições para o Bolsão abertas! São 150 bolsas de até 90%! Para participar são duas fases: a primeira, uma prova objetiva, eliminatória, online, de questões de conhecimentos gerais; e a segunda é classificatória, com questões de português e inglês (escrita e presencial). E os melhores ganham as bolsas... vale MUITO a pena.

informações em: http://www.cursoclio.com.br/noticias/noticia.asp?id_aviso=429

eu não vou perder :D!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

...são sempre benvindas,principalmente para quem está nessa rotina de concursos :). E este ano irei postar algumas, tentar criar uns memes (ha-ha), talvez algumas fotos de coisas com frases motivacionais, enfim.. hasta la vitoria!


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Nossa,e vendo a postagem anterior definitivamente não consegui cumprir com o esperado. Mas o final do ano passado foi muito atribulado,e,como me dediquei MUITO à monografia,acabou que os estudos para o IrBr ficaram de lado. Ao menos o resultado foi - ao meu ver - muito bom :)!

Mas este ano é para valer! Me mudei para Brasília para estudar...meu projeto não é de 1 ano e meio ou dois anos....mas de um ano, apenas. Sim, quero fazer esse ano e passar. Não pretendo ficar muito tempo estudando,embora a imensa maioria não pense assim e vá mais devagar. Mas eu não posso e não quero...tem que ser e vai ser agora...

Depois de um mês na capital do Brasil, já não estranhando tanto mas levando sustos... e arrecem acabando de me organizar - estou fazendo faxina e lavando roupas há dias! - aguardando o resultado da prova da UNB, definindo uma pós (preciso fazer uma pós senão me arrependerei) e sabendo que cursinho só em abril - que decepção!

Por isso, vou estudar em casa por enquanto. Afinal, tem muito o que ler, pesquisar, assistir...

E estar só não é tão ruim. Vi que é realmente a melhor situação para manter o foco e estudar ao máximo. Não é tão estranho não ter ninguem - mesmo - por perto, nenhum conhecido... por enquanto a saudade ainda não bateu, vamos ver no futuro...mas com tanta coisa planejada, talvez nem dê tempo.

Como esse ano será para estudos, é um compromisso meu atualizar este blog,até porque me ajudará. E vamos à luta!


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