(o número 1 é devido ao fato de eu acreditar que irei abordar esse assunto muitas outras vezes) |
Quando eu resolvi vir para Brasília para estudar para o IrBr, o fiz porque acreditava que seria o melhor para mim, para eu conseguir o que eu quero. Não foi bem uma decisão de última hora, na verdade, há uns 2 anos já titubeava sobre isso... ficaria na minha cidade, fazendo cursinhos a distancia e continuando a economia, fazendo um mestrado...em casa,gastando menos...ou largaria tudo e tentaria continuar e recomeçar sozinha,em BSB, com gastos imensos? Já andei pelos dois extremos e, dias antes de viajar para cá, pensei em desistir (mas isso é relato para outra hora). Mas então,acabou sendo uma decisão de última hora...
Na verdade, acho que esse tipo de mudança sempre será algo inusitado. Sempre há os temores, a vontade de voltar... qualquer viagem para rever a família pode se transformar em um retorno e na desistência... De qualquer sorte, mesmo sabendo que muitos se preparam EAD para o concurso, e que de fato em muitos cursinhos as aulas on-line não diferem em nada das presenciais, além de eu poder comprar tudo o que é livro na internet, resolvi apostar tudo na minha vinda.
Não há uma receita. Li e leio depoimentos, "guias de estudo", debates. Até hoje não sei direito que curso fazer. Mas quando vim para cá tinha um plano - transferir a economia, fazer o curso Clio (líder em aprovação, para o bem ou para o mal) e fazer uma pós,talvez. Estudar,estudar e passar em um ano. Mas aí você lê relatos de que os outros 4 cursinhos podem ser melhores em X matérias, que há 800 professores melhores em y conteúdo e por aí vai... e afinal, o que fazer? Muita gente estudou 4 anos no Clio e não passou, outros fizeram só 1 matéria, outros dizem ser um roubo e um absurdo, enfim...
Quando minha irmã prestou vestibular para a medicina - e,ao contrário da maioria, não acho que um concurso público seja infinitamente pior que a prova de federal para medicina, pois nada se compara a experiência e conhecimentos adquiridos, ou seja, você faz vestibular com 16 anos e bagagem de préadolescente e ensino médio,e concurso já é formado e adulto - ela foi no que era "garantido". Todo esse drama era o mesmo: fazer biologia com a prof X, geografia no curso Y, física em um particular em outra cidade... mas ela apostou no "certo". O mais caro... e,mais ainda, nela mesma. Muitos fizeram esse cursinho por 2 ou 3 anos e não passaram, aí que a gente percebe que essas pessoas são os "PHDs em cursinhos". Aqueles que sabem o melhor professor de cada um, o melhor preço, horário, mas não passam. Ela passou, em 1 ano de estudos. Tem colegas que fizeram 1 ano e faziam faculdade, tem uns que fizeram 6. Quase ninguém fez no mesmo curso que o dela - líder em aprovação. Mas ela apostou e passou.
E estou com esse drama para o IrBr. Poxa,a o pessoal diz que não vale a pena, que é caro, que tem que estudar sozinho. Mas eu não tenho essa segurança. Eu sei que é caro - e muito! - e que os outros podem ser bons, mas não sei o quão bons... e tenho que tentar algum. Sou dos que acredita que em 1 ano você pode, SIM, passar. Dos que acredita que você passa quando RESOLVE passar, quando RESOLVE estudar. Sei que tem gente que se dedica muito e não consegue...mas será que foi 100%? Será que era que nem ela, que não saia, não tinha feriado, nada? Será que fazia mais de 200 exercícios de cada matéria por semana, muitas vezes o mesmo?
Sei que importa COMO você passa, porque no futuro pode implicar em algo na diplomacia. Mas, francamente, eu quero passar. Construir minha carreira no Rio Branco fica para depois, afinal, se quero passar em um ano, tenho que ser realista. Tem gente que diz "ah,mas é exceção quem consegue", "não sonhe com isso,tenha os pés no chão" e por aí vai... mas tem quem consiga. E porque eu não posso? Será que é tão impossível assim responder corretamente uma prova de PI,se eu ler e reler e escrever tantas vezes em casa? Será que as questões de DIP e microeconomia iguais as da faculdade eu não tenho condições de acertar?
Não acho que haja receita para passar. Por isso, estou deixando de lado - PRINCIPALMENTE - as discussões. O pessoal que passa não vive discutindo a prova na internet, a opinião do colega x ou porque fulano passou com 3 meses de estudos - e desmerecendo "ah,teve sorte", "ah, não terá bagagem". Eles ficam com a BCC - Bunda Colada na Cadeira - e olhos nos livros. Para mim, no concurso, há vagas, pessoas que preencherão essas vagas e conteúdo para estudar. Não interessa se tem QI (e tem, e eu não tenho), se tem o escambau ou se é um gênio. Interessa como EU vou fazer e O QUE EU vou fazer. E vou dar meu sangue...e vai ser nesse ano. Posso gastar 20mil para passar em um ano, mas é melhor que gastar 20 mil parcelado em 5...